O ex-policial militar acusado de matar a corretora de imóveis Ana Cristina Wommer, de 24 anos, há quatro anos, vai enfrentar júri popular às 8h desta quarta-feira (26), no Fórum de Cuiabá. O julgamento deve ser conduzido pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. O processo tramita em segredo de Justiça.
Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), as investigações apontaram que Ana mantinha uma relação extraconjugal com o policial e estava grávida de oito meses, quando foi morta. O crime ocorreu no dia 22 de agosto de 2010, em Cuiabá, e o corpo da corretora foi encontrado pela polícia dois dias depois em um matagal, às margens da BR-364, na saída da capital para Rondonópolis. O feto também foi encontrado pelos policiais sob as roupas da vítima.
De acordo com o MPE, no dia do crime a vítima teria procurado o policial cobrando dinheiro para o enxoval do bebê. Na ocasião, o soldado teria se recusado a dar o dinheiro e ela o ameaçou dizendo que contaria à esposa sobre o relacionamento dos dois.
Segundo o laudo pericial emitido pelo Instituto Médico Legal da capital (IML), a corretora foi morta por estrangulamento. O PM era integrante da Rondas Táticas Ofensivas Metropolitanas (Rotam) e foi expulso da corporação em 23 de junho de 2011.
O carro que foi utilizado no crime foi vendido no mesmo dia. O comprador do veículo confirmou em depoimento à polícia que o carro apresentava mau cheiro e que pagou apenas R$ 3,5 mil, valor abaixo de mercado. Uma perícia realizada no automóvel também confirmou que o sangue encontrado no porta-malas era da corretora Ana Cristina.