Polícia Domingo, 23 de Fevereiro de 2014, 16h:54 | Atualizado:

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CASO ANA CRISTINA

Ex-policial que matou amante grávida será julgado nesta semana em Cuiabá

 

Da Redação

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Ilustração

 

O ex-policial militar Claudemir de Souza Sales será julgado esta semana pela morte da jovem Ana Cristina Wommer, 24, grávida de 8 meses na data do homicídio. A mulher foi assassinada em agosto de 2010 e o corpo foi localizado no dia 24 no km 05 da BR-364, na região Sul da Capital.

Acusado e vítima mantinham um relacionamento extraconjugal. Ele foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa), aborto provocado e ocultação de cadáver.

O julgamento começa às 8h do dia 26, no Fórum da Capital. Ana Cristina saiu de casa na manhã do dia 22, um domingo, para se encontrar com Sales e chegou a mandar mensagem SMS para uma amiga relatando que era levada para uma região de chácara pelo ex-policial e estava com medo.

Conforme a perícia, a mulher foi morta por asfixia e entrou em trabalho de parto durante o assassinato. A criança chegou a nascer, mas morreu e foi localizada dentro da roupas da mãe, juntamente com a placenta e cordão umbilical.

Para o assistente de acusação, advogado Hélio Nishiyama, nos autos existem provas suficientes para comprovar a culpa do acusado. Claudemir nunca confessou ter assassinado Ana Cristina, mas entrou em contradição várias vezes durante os depoimentos e chegou a mudar alguns pontos.“Não é um processo com fragilidade de provas. Tanto que o acusado está preso até hoje e foi pronunciado. Se não existem elementos robustos que comprovam a autoria, ele estaria em casa com a família dele. Mas sabemos que a condenação ou absolvição é de responsabilidade dos jurados, são eles quem decidem”.

Claudemir foi expulso da Polícia Militar em junho de 2011 e ainda hoje tenta reverter a exoneração. No documento publicado no Diário Oficial do Estado consta que “tudo indica ser o Sd PM Claudemir de Souza Salles o autor do crime, visto que a vítima ao ser localizada no matagal às margens da BR 364 já em estado de decomposição, tendo como causa morte asfixia mecânica”, descreve trecho da demissão.Testemunhas relatam que Sales e Ana Cristina se relacionavam há mais de um ano e sempre tiveram uma convivência conturbada.

Ele não aceitava a gravidez e teria proposto que ela fizesse um aborto, o que foi rejeitado pela mulher. A vítima afirmava que a criança era filha do ex-policial.

Exame de DNA realizado nos restos mortais do bebê apontou que ele não era o pai. Três dias antes do homicídio, Ana Cristina foi até o quartel onde Sales era lotado e os dois discutiram.

Amigas da vítima afirmam que ele chegou agredi-la nesta ocasião e em outras situações também. As investigações apontaram que Ana Cristina foi morta em um local e teve o corpo jogado às margens da rodovia.

O cadáver foi encontrado por uma pessoa que trabalhava na região. Um Gol preto, que era de Sales, foi vendido um dia após o assassinato e terminou abandonado na região do Porto.

Antes de vender, ele mandou lavar o veículo, incluindo o porta-malas. Quando chegou para buscar o veículo, viu que o tapete do compartimento de carga não havia sido lavado e pediu que o fizessem. Não voltou para buscar o acessório, que foi encontrado posteriormente pela Polícia Civil.Davi Nascimento, que em 2010 era deputado federal, também responde processo por este caso.

Ele é apontado como a pessoa que ajudou o ex-policial a se livrar do veículo, usado para transportar a mulher grávida. Ele esteve na casa de Sales na noite de sábado, dia anterior a morte, informação levantada no inquérito Policial. Ele não foi denunciado pelo homicídio de Ana Cristina. 





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