Exame de DNA apontou que a adolescente Heloysa Maria Alencastro de Souza, de 16 anos, não foi estuprada por seus assassinos, após suspeitas levantadas em exame necrópsico. A informação foi dada pelo delegado Marcos Sampaio, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), durante coletiva nesta quarta-feira (7).
Heloysa foi assassinada pelo ex-servidor comissionado do Estado, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, e seu filho, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, além de dois adolescentes de 16 e 17 anos, no dia 22 de abril deste ano, dentro da casa onde morava, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. O corpo da adolescente foi desovado em um poço numa região de mata no bairro Ribeirão do Lipa, com as mãos amarradas. Benedito e Gustavo foram indiciados pelos crimes de feminicídio, roubo majorado, extorsão majorada, lesão corporal no âmbito doméstico e ocultação de cadáver.
A causa da morte foi asfixia com um cabo USB. A suspeita de estupro surgiu após a perícia encontrar vestígios de atos libidinosos no órgão genital da menor, como roxidão e pequenas escoriações. Materiais genéticos dos suspeitos foram recolhidos, mas os exames tiveram resultado negativo.
"O exame necrópsico apontou que existiram atos libidinosos na vítima, mas esses atos eram, de certa forma, superficiais. Havia uma roxidão na região genital da vítima e pequenas escoriações, que eram compatíveis com atos libidinosos. Isso fez com que a gente requisitasse a coleta de material genético nessa região, que foi confrontado com o material genético colhido dos suspeitos. Os resultados foram negativos. Embora existam vestígios de que ocorreu algum ato libidinoso com a vítima, não podemos afirmar que esse ato foi decorrente da ação dos suspeitos, pois a confrontação genética deu negativo", informou o delegado.
Benedito, que era gerente de Transportes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informação (Seciteci) e namorado da mãe de Heloysa, chamou o filho e dois adolescentes, amigos de Gustavo, para participar do crime. Heloysa e sua mãe foram vítimas de criminosos que simularam um roubo na casa delas, fugindo em um veículo HB20 e a adolescente dentro. A intenção do mandante do crime era que ambas fossem mortas, mas a mãe demorou a chegar em casa.
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