Segunda-Feira, 15 de Novembro de 2021, 19h:25 | Atualizado:
LATROCÍNIO DE ADVOGADO
Defesa alega que magistrado não tinha senha que libera acesso a gravações, o que significa que ele decidiu sem analisar as provas
O juiz da Comarca de Juscimeira (162 km ao Sul de Cuiabá), Alcindo Peres da Rosa, autorizou a defesa do contador João Fernandes Zuffo a ter acesso ao conteúdo das interceptações telefônicas produzidas pela Polícia Civil no inquérito que investiga a morte do advogado João Anaides Cabral Neto. A decisão foi dada na sexta-feira (12) e atendeu pedido do advogado Eduardo Mahon.
"Oficie-se à Autoridade Policial para providencie o acesso integral e sem embaraços, dos áudios da interceptação telefônica de todos os terminais listados dos autos, bem como para que informe as datas de início e o termo final das sobreditas interceptações, no prazo de 15 dias", diz um dos trechos.
Porém, a defesa do citou que encontrou dificuldades em ter acesso aos autos, mesmo com a decisão judicial. Isso porque, segundo a defesa, o juiz não tinha a senha que permitia acesso aos áudios.
O advogado de Zufo acredita que ele tenha decidido algumas medidas cautelares sem acesso às provas, consideradas fundamentais para o caso. "Significa que o juiz decidiu medidas tão difíceis, duras e complexas sem acesso aos autos, sem acesso a prova. O delegado mandou, se é que mandou, com senha. Na hora do vamos ver, quando a gente solicitou, entrou com HC, o juiz não sabe a senha, teve que solicitar para o delegado. A conclusão é que o magistrado nem viu a prova para definir as medidas que ele deferiu", explicou o advogado Eduardo Mahon.
Zuffo é apontado como mandante do crime e teve a prisão preventiva decretada no dia 29 de outubro em decorrência da operação policial denominada "Flor do Vale".
O inquérito conduzido pela Delegacia da Polícia Civil de Juscimeira apurou as circunstâncias e identificou os envolvidos no crime ocorrido no dia 17 de julho em um condomínio de chácaras, em Juscimeira, que vitimou o advogado João Anaídes. No dia 17 de setembro, a delegacia de Juscimeira, com apoio da Regional da Polícia Civil em Rondonópolis deflagrou a Operação Flor do Vale para cumprimento de ordens judiciais contra alvos investigados pelo crime.
De acordo com o delegado Ricardo Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do contador no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele planejava, apontava e indicava aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo e em uma o advogado foi morto.
O contador tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava a conclusão do roubo, se passando por vítima.
Alberto
Terça-Feira, 16 de Novembro de 2021, 10h12Renato
Terça-Feira, 16 de Novembro de 2021, 09h35Antonio Augusto de Souza
Segunda-Feira, 15 de Novembro de 2021, 20h12