Polícia Quinta-Feira, 21 de Abril de 2022, 13h:13 | Atualizado:

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OPERAÇÃO PARASITA

Líder do CV é condenado a 18 anos de prisão por movimentar R$ 18 mi do tráfico

Luciano Mariano da Silva, o Marreta, se converteu e hoje está na ala evangélica da PCE

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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Apontado como um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, Luciano Mariano da Silva, o Marreta, foi condenado a 18 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão, além do pagamento de 826 dias multa. Ele foi sentenciado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

Marreta está preso na ala evangélica da Penitenciária Central do Estado (PCE), após ter se convertido e passado a frequentar uma igreja na unidade prisional. Luciano foi um dos alvos da Operação Parasita, deflagrada em fevereiro de 2021, numa investigação que apurava a organização criminosa a qual ele pertence, e que teria movimentado mais de R$ 18 milhões.

Além da condenação, o magistrado também determinou o perdimento e consequente leilão de um imóvel registrado no nome da filha de Marreta. Além dele, também foram condenados Ana Maria de Souza, a “Lokura”, Renata Brito Melo, a “Mana Preciosa”, Patrícia Silva Araujo, a “Vida Loka”, Simone Maria de Santana Coronel, a “Blindada”, Bruna Mayara Torres Soares, Emmanuel Salgueiro Espindola, Anderson de Andrea Lemes, e Veridiana da Silva Santos. O magistrado absolveu Sandro Mariano da Silva e Edvandra Maria de Souza.

Luciano Mariano da Silva foi condenado a 5 anos e 10 meses por organização criminosa, 4 anos e 1 mês por lavagem de dinheiro e mais 9 anos e 26 dias por tráfico de drogas, totalizando 18 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão. O magistrado determinou que ele cumpra a pena, inicialmente, em regime fechado, negando a Marreta o direito de recorrer em liberdade.

“Em sendo aplicável ao caso o concurso material de crimes, fica o réu Luciano Mariano da Silva condenado, definitivamente, à pena de 18 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão e 826 dias-multa, correspondentes a um trigésimo do salário mínimo vigente à data dos fatos. Fixo o regime inicial fechado para o cumprimento da pena do condenado, vez que a pena superou 8 anos e por ser reincidente. In casu, é descabida a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Nego ao réu o direito de recorrer em liberdade, uma vez que verificada a necessidade da custódia cautelar para a garantia da ordem pública”, diz a sentença, publicada na noite de terça (19).

OPERAÇÃO PARASITA

A operação cumpre 21 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em 04 estados da Federação: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Além destas medidas, a justiça determinou ainda o bloqueio de até R$ 12 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de diversos imóveis, valores em espécie e veículos pertencentes aos criminosos.

No decorrer das investigações, ficou demonstrado que os alvos atuavam no tráfico de drogas em diversos municípios de Mato Grosso, dentre eles Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum. Nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse comercializar entorpecentes deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo.

As investigações apontaram ainda que a organização criminosa funcionava como uma espécie de franquia do crime, com conexões e relações comerciais com outras organizações criminosas, dentro e fora de Mato Grosso. O grupo organizava a logística de fornecimento de entorpecentes a integrantes de outras organizações atuantes na região nordeste do Brasil.

Os integrantes pagavam taxas mensais e eram obrigados a repassar boa parte dos lucros das atividades aos líderes. A organização criminosa investigada possuía setores operacional, contábil e financeiro. Os principais membros, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para executarem suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras.

Por meio de autorização judicial, foram constatadas volumosas movimentações em dinheiro em nome de vários investigados. O somatório dos valores que circulou nas contas no período de 2018 a 2020 superou R$18 milhões. Nenhum dos investigados possui rendimentos lícitos conhecidos que possam justificar os altos valores movimentados, sendo que alguns deles, inclusive, recebiam benefício assistencial do governo.

 





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Comentários (5)

  • FRANCISCO

    Sexta-Feira, 22 de Abril de 2022, 10h12
  • TINHA QUE PASSAR O RESTO DA VIDA NA CADEIA, NADA MALA ESSE AI ESTA NA ala evangélica KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
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  • Paulo

    Sexta-Feira, 22 de Abril de 2022, 06h43
  • Só vejo comentários de pessoas ignorantes desprovidas de inteligência científica da lei, e também de conhecimento da prática de como são os presídios, provavelmente mais uns daqueles burros que falam só merda na internet mas não sabem de nada, primeiro que a ala evangélica é a mais restrita na qual os detentos não tem acesso a celulares, drogas, confortos e regalias que tem nas alas comuns da cadeia. Lá eles são obrigados a fazer trabalhos de limpeza entre outros, são obrigados a ler a Bíblia e participa de cultos, ou seja lá eles são ressocializado de verdade povo burro.
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  • Galdêncio

    Quinta-Feira, 21 de Abril de 2022, 16h43
  • Criminosos não se convertem. Eles vão para essas alas denominadas "evangélicas" para se beneficiarem, pois lá é uma verdadeira patifaria. O suborno corre frouxo.
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  • João Batista

    Quinta-Feira, 21 de Abril de 2022, 16h26
  • Essa é a parcela de evangélicos que são eleitores do PT
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  • PAULO

    Quinta-Feira, 21 de Abril de 2022, 14h18
  • Tudo que é porcaria vira evangélico. E os evangélicos querem ser os exemplos. São o câncer do Brasil.
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