Uma mãe de 22 anos, moradora de Várzea Grande, região metropolitana, foi até a delegacia da Polícia Civil nessa quarta-feira (1) e negou ter agredido e queimado a filha de 11 meses. Após ter sido denunciada pelo pai da criança por maus tratos, Dani Gomes relatou que a criança teria tido uma crise de alergia pelo corpo e que o seu ex-companheiro era o único que fumava cigarros. "Ela não estava queimada. Primeiro ela pegou uma alergia no queixo e depois foi para a orelha", disse.
Ao ser questionada porque a mãe não teria levado a criança até uma unidade médica, ela relatou que seria devido a pandemia do coronavírus e que não seria recomendado. Ela informou que deixou a criança com pai, no entanto as roupas da criança ficaram na residência da mãe. "Eu fiquei ligando e ele dizia que ela estava dormindo sempre. Nós começamos a discutir. Ela teve febre durante três dias antes de eu entregar ela e eu contei para ele", afirmou.
Logo depois, ela disse que deixou a criança com o pai pois iria fazer companhia para uma amiga no Hospital Santa Helena que sofreu um aborto espontâneo e negou novamente as acusações de maus tratos. "A minha filha é meu tudo, eu não faria uma coisa dessas", relatou.
No dia do ocorrido, o pai da bebê procurou o Conselho Tutelar e depois a polícia e fez uma denúncia por maus-tratos.
O casal estava separado desde o nascimento da criança. Ele relatou que mãe afirmou que entregou a filha pois não queria mais saber dela. Segundo o relato do pai, a menina estava com assaduras em pele viva, queimaduras aparentemente de cigarros e machucados nas orelhas. "Ela me falou que não queria mais a criança, e que se eu não fosse buscar, ela daria o bebe para alguém. Eu não sei porque ela fez isso", disse.
Ela foi encaminhada para uma unidade de saúde onde recebeu atendimento médico. O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande.