O mês de março fechou com 36 assassinatos na Grande Cuiabá, um número um pouco abaixo de fevereiro que encerrou com 39. Em 31 dias, foram 22 na Capital e 14 em Várzea Grande que, pela primeira vez no ano, fecha um mês com número de assassinatos abaixo de Cuiabá, conforme números da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em fevereiro, Foram 20 contra 19 confirmando que, além de ter mais homicídios em números absolutos, também supera na questão proporcional. 

No ano já são 110 assassinatos em 90 dias, numa média superior a um por dia, um número alto e que preocupa as autoridades da área de segurança pública. 

Ao contrário de fevereiro que além de um duplo assassinato, a Polícia registrou uma chacina com cinco mortos, março teve um número maior de execuções somente nos fins de semana. O último do mês terminou com cinco. 

O que chama a atenção é que a motivação dos crimes também não se alterou nos últimos anos com o envolvimento das vítimas com entorpecentes – usuário ou mesmo traficante – lidera os assassinatos. 

No único latrocínio ocorrido em março, o pedreiro Manoel Campos de Souza, de 37 anos, foi morto com várias pancadas na cabeça por desconhecidos que teriam roubado o dinheiro dele. O crime ocorreu na madrugada de domingo na Passagem da Conceição, em Várzea Grande. 

As investigações, no entanto, não confirmam se tratar de roubo seguido de morte, uma vez que a família informou que o dinheiro que estava com a vítima sumiu. 

Embora sem um número preciso, a maior parte das vítimas é de ex-presidiários, apontando para um acerto de contas. A lista de motivações se completa com vingança e crimes passionais (motivados por paixão). Este último tem diminuído mês a mês.