O médico Bruno Gemilaki, de 28 anos, filho da fazendeira Inês Gemilaki, de 48 anos, autora dos tiros que mataram dois idosos, durante invasção de uma casa em Peixoto de Azevado (673 km de Cuiabá), alegou à Justiça que não sabia que sua mãe tinha intensão de matar. Os crimes foram praticados no dia 21 de abril deste ano, ocasião em que Bruno também portava uma arma de cano longo, de calibre 12, e chegou atirar na parte externa do imóvel.
O médico e a mãe invadiram a casa do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco Garimpeiro", e matou os idosos Pilso Pereira da Cruz, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 anos. Polaco não chegou a ser atingido, pois as nas tentativas de tiro contra ele a arma usada pela fazendeira falhou. O padre José Roberto Domingos, de 45 anos, que também estava no local foi baleado de raspão em uma das mãos, recebeu socorro e sobreviveu.
Quanto à alegação de Bruno, de que não sabia que sua mãe pretendia matar as vítimas, o promotor de Justiça, Álvaro Padilha de Oliveira, autor da denúncia contra eles, contesta tal versão.
Conforme o membro do Ministério Público, Bruno acompanhou a mãe em todo momento e efetuou pelo menos quatro disparos com a arma de cano longo que ele carregava. Câmeras de segurança da casa filmaram toda a ação de mãe e filho e também o momento em que fugiram numa caminhonete conduzida por Éder Gonçalves Rodrigues, de 45 anos, cunhado de Inês.
A constatação de que Bruno também atirou permitiu o promotor concluir, ao aditar a denúncia, que o médico deverá responder pelos resultados da ação criminosa encabeçada pela sua mãe, na medida de sua colaboração. Tal entendimento também se aplica a Éder Gonçalves, que ficou encarregado de dirigir o carro que deu fuga a mãe e filho. Ele também foi filmado pelas câmeras da residência, colaborando para o êxito das execuções.
“Embora Éder não tenha efetuado nenhum disparo no local onde as vítimas estavam, ou seja, nos fundos da residência, é possível ver o suporte que deu a toda a situação, seja dirigindo o veículo (Caminhonete), seja fazendo uma espécie de retaguarda para Inês e Bruno, motivo pelo qual os três réus deverão responder pelos resultados obtidos”, defende o promotor Álvaro Padilha, em nova manifestação juntada nos autos nesta quinta-feira (8).
O trio foi denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Bruno está preso no Centro de Detenção Provisória de Peixoto, junto de Éder. Inês segue presa no Centro de Detenção Provisória de Colíder.
Gordo
Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024, 20h20sebastiao
Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024, 20h00Tadinho
Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024, 19h54Rogerio sales
Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024, 19h25Alencar
Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024, 18h58