Polícia Sexta-Feira, 16 de Maio de 2025, 17h:12 | Atualizado:

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FEMINICÍDIO DA NAMORADA

Médico assumiu risco de matar e PC descarta tiro acidental em MT

A Polícia Civil concluiu o inquérito com o indiciamento de Bruno Tomiello

G1-MT

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O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, investigado pela morte da namorada Kethlyn Vitoria de Souza, de 15 anos, foi indiciado por feminicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir veículo sob a influência de álcool, entregar veículo automotor à pessoa não habilitada e servir bebida alcoólica a adolescente. O caso ocorreu em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, no dia 3 de maio.

A investigação foi finalizada pela Polícia Civil nessa quarta-feira (14). Segundo o delegado Waner Neves, foi descartado tiro acidental, como a defesa alegou, e ficou concluído que o médico não tinha intenção de matar, mas assumiu o risco ao "brincar" com a arma dentro do veículo, sem nenhuma segurança à vítima. Ele também vai responder por dano ao patrimônio público, por ter causado destruição no Hospital Regional durante o atendimento de Kethlyn.

"Se ele puxou o gatilho não foi morte acidental. Ele queria dar o tiro para fora, mas assumiu o risco de acertar a vítima e, por isso, foi indiciado por feminicídio por dolo eventual, pois ele atirou de dentro do carro. Ele afirmou que pensou que a arma estava desmuniciada, mas não adotou nenhuma medida de segurança", explicou.

Bruno se entregou à polícia no dia 5 deste mês e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Em depoimento à polícia, ele disse estava voltando para casa com a namorada após saírem para se divertir e que ambos estavam bêbados. Segundo ele, Kethlyn teria sentado no colo dele, no banco do motorista, e assumido a direção do veículo. Em seguida, ele teria pego a arma para "brincar", momento em que disparou, atingindo a namorada na cabeça.

Além do indiciamento, o médico é alvo de uma sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT). Após a conclusão da sindicância, haverá, ou não, a abertura de um processo ético contra o médico.

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Entenda o caso

A Polícia Militar informou que Kethlyn foi levada até uma unidade de saúde do município pelo namorado, com ferimento de arma de fogo na cabeça. Segundo testemunhas, Bruno aparentava estar muito abalado.

A jovem foi atendida por uma equipe médica que tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela morreu no hospital. Ainda conforme testemunhas, ao constatar a morte da adolescente, Bruno ficou nervoso e tentou danificar alguns móveis do hospital, como janelas e portas.

Em depoimento à polícia, Bruno disse que no dia do ocorrido, Kethlyn sentou no colo dele para dirigir o carro em que os dois estavam e que, neste momento, ele estava com a arma na mão. Ele relatou que tentou efetuar um disparo para fora no veículo, mas sem sucesso. Ao tentar verificar o que tinha dado errado, ocorreu o disparo acidental, que atingiu a cabeça de Kethlyn.





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