Médico internado é filho de empresária que invadiu casa e matou 2 em MT

 

O médico Dankan Gemilaki Dal Poz está entre as sete pessoas hospitalizadas após a batida entre um ônibus de viagem e um caminhão bi-trem na última sexta-feira (8), na BR-163, em Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá). Ele é irmão de Bruno Gemilaki e filho de Inês Gemilaki, que mataram dois idosos em Peixoto de Azevedo em abril de 2024.

O médico está internado em uma unidade médica de Lucas do Rio Verde. Ao todo, 46 pessoas foram internadas, sendo que 39 receberam alta e sete permanecem hospitalizadas.

As análises da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontam que o acidente ocorreu em um trecho em curva, de faixa contínua. A batida aconteceu após a invasão de faixa pelo motorista do ônibus que seguia no sentido Cuiabá - Sinop. 

O laudo pericial com a análise detalhada sobre a dinâmica, causas e circunstâncias do acidente será elaborado. Em menos de 24h, a Politec concluiu os exames de necropsia e as identificações das onze pessoas que morreram no acidente. São elas: Gabriel Mendes Sanqueta, de 20 anos, Maria Eduarda de Matos Catuta Ferreira Martins, de 29 anos, Gabriel Mendes Sanqueta, de 20 anos, Marinalva Sobeira dos Santos, de 33 anos, Francisco Das Chagas Nascimento Silva, de 22 anos, Alcione Ferreira Lima, de 51 anos, Laura Simone Garcia Corrêa Kolling, de 52 anos, Eileen Naiely da Silva, de 20 anos, Luis Augusto Araujo Santos, de 41 anos, Ana Paula Ferreira, de 46 anos, Marcos Antônio Ferreira Dias, de 23 anos e Mateus Vicente Serafim, de 25 anos.

MORTES

O juiz João Zibordi Lara, da Segunda Vara de Peixoto de Azevedo, pronunciou a empresária Ines Gemilaki, a ‘Loira da 12’, e o filho, o médico Bruno Gemilaki, e o cunhado dela, Eder Gonçalves Rodrigues, pelo ataque a tiros praticado em Peixoto de Azevedo em abril de 2024. Na ocasião, duas pessoas morreram e duas ficaram feridas após o trio ter invadido uma residência, onde ocorria uma confraternização.

O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) denunciou Bruno Gemilaki Dal Poz, Edson Rodrigues e Inês Gemilaki por homicídio com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Segundo os autos, os suspeitos adentraram a residência de Ernecir Afonso Lavall, onde ocorria uma confraternização, e iniciaram disparos de arma de fogo.

Como consequência da ação, Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo faleceram devido aos ferimentos causados pelos projéteis disparados por Inês Gemilaki. Além disso, os disparos também atingiram José Roberto Domingos e Ernecir Afonso Lavall, que não perderam a vida devido a circunstâncias alheias à vontade dos denunciados.

Conforme o relatório de investigação policial e demais elementos apurados, a motivação do crime foi uma dívida de Inês Gemilaki com a vítima Ernecir, originada de um contrato de locação. Ela havia residido em um imóvel de propriedade da vítima, o que resultou em uma ação de cobrança.