Polícia Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 00h:29 | Atualizado:

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LIPO FATAL

Médico lembra que "toda cirurgia tem risco" e garante que vendedora estava saudável em Cuiabá

Alexandre Veloso garante que exames não mostraram anormalidde

ANA MOURA
Especial para o FOLHAMAX

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O cirurgião plástico Alexandre Veloso se manifestou, através de sua assessoria jurídica, negando qualquer tipo de erro médico na cirurgia da vendedora de veículos Keitiane Eliza da Silva, 27 anos. A jovem faleceu na madrugada desta quarta-feira (14), horas após passar fazer uma lipoescultura com enxerto de gordura em glúteo, abdominoplastia e correção de uma cicatriz na mama, decorrente de um procedimento realizado com outro médico.

Por meio de uma nota de esclarecimento, a defesa do médico garante que a paciente realizou todos exames pré-operatórios necessários e que não apresentou nenhuma anormalidade, contrariando a afirmação de amigos de que ela teria descoberto uma arritimia cardíaca após contrair a Covid-19. "Em pré-consulta com médicos anestesista e cardiologista, a paciente realizou todos os exames necessários e os mesmos não apresentaram nenhuma anormalidade. Portanto, a paciente estava apta ao procedimento e, assim, foi liberada para realizá-lo", diz a nota. 

A cirurgia ocorreu das 8h às 14h desta terça-feira (13) e não houve nenhum problema. Após o procedimento, a jovem foi levada para o quarto onde apresentou boa recuperação.

De acordo com o médico, às 19h a paciente apresentou falta de ar e foi solicitado exames pelo plantonista. Às 20h, o cirurgião plástico esteve com a jovem e ela não apresentou nenhum quadro clínico de risco.

Por volta da meia noite desta quarta-feira (14), a jovem apresentou uma instabilidade em seu quadro e teve uma parada cardíaca. Houve a necessidade de transferência para uma Unidade Terapia Intensiva do hospital Santa Rosa, mas a jovem acabou não resistindo.

A defesa de Alexandre Veloso alega que prestou atendimento aos familiares da jovem. Assegura ainda que está a disposição dos órgãos de controle, autoridades e da mídia para comprovar que todos cuidados necessários para o procedimento foram tomados.

Porém, o médico alertou que toda cirurgia, por mais simples que seja, oferece riscos aos pacientes. "A assessoria jurídica esclarece que todo procedimento cirúrgico possui risco, mas se coloca à disposição da família, da mídia e protocolos legais na certeza de que cumpriram todos os protocolos de segurança e saúde".

O CASO

A vendedora de veículos na Saga Hyundai de Várzea Grande, Keitiane Eliza da Silva, de 27 anos, faleceu na madrugada desta quarta-feira (14) após sofrer complicações de uma lipoaspiração com abnoplastia e enxerto nos glúteos. A cirurgia plástica ocorreu no hospital Valore Day, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá.

Keitiane tinha se curado da Covid-19 há cerca de 30 dias. Mesmo assim, ela deu prosseguimento nos exames e, durante consulta, o cirurgião plástico, Alexandre Veloso, constatou que ela tinha uma arritmia cardíaca. Porém, segundo o médico, o problema não seria nenhum risco para o procedimento cirúrgico.

Keitiane era casada e deixa, além do marido, duas filhas crianças. 

 

NOTA MÉDICO

A Assessoria Jurídica do Médico Cirurgião Plástico Alexandre Veloso vem a público manifestar que:

1. Realizou com rigor e à risca todos os procedimentos padrões de praxe pré-operatório para que a cirurgia plástica na paciente K. E. S. pudesse ser realizada com segurança;

2. Em pré-consulta com médicos anestesista e cardiologista, a paciente realizou todos os exames necessários e os mesmos não apresentaram nenhuma anormalidade. Portanto, a paciente estava apta ao procedimento e, assim, foi liberada para realizá-lo;

3. Os procedimentos cirúrgicos realizados foram: lipoescultura com enxerto de gordura em glúteo, abdominoplastia e correção de uma cicatriz na mama (decorrência de outro procedimento médico não realizado pelo doutor Alexandre Veloso);

4. A cirurgia da paciente foi realizada das 8h às 14h desta terça-feira (13.04). Após este horário, ela foi levada ao quarto e apresentou boa recuperação;

5. Às 19h, a jovem se queixou de falta de ar e foi imediatamente assistida pela equipe qualificada presente na clínica. O médico de plantão solicitou os exames, que não mostraram nenhuma alteração em seu quadro clínico. Às 20h, o médico Alexandre Veloso esteve com a jovem e a mesma não apresentou mais falta de ar, e os parâmetros vitais permaneceram estáveis;

6. Por volta da meia noite desta quarta-feira (14.04), a jovem apresentou uma instabilidade em seu quadro e teve uma parada cardíaca. A jovem foi imediatamente atendida pela equipe médica;

7. Quando da necessidade de transferência para uma Unidade Intensiva de Saúde (UTI), a jovem recebeu atenção imediata e o médico se prontificou a encaminhá-la ao Hospital Santa Rosa. Lamentavelmente, K. E. S. veio a óbito na data de hoje;

8. Devido ao lamentável fato, a assessoria jurídica do médico Alexandre Veloso informa que disponibilizou assistentes sociais e psicólogas para prestarem atendimento aos familiares da jovem;

9. Vale reforçar que prestou todos os atendimentos necessários e em momento algum se furtou de estar presente e acompanhando a jovem. O profissional também informa que o médico está a inteira disposição dos familiares da jovem e dos órgãos competentes para prestar qualquer esclarecimento.

10. Em nome de todo corpo clínico que participou deste procedimento e dos que fizeram o atendimento posterior, principalmente em nome do médico Alexandre Veloso, a assessoria jurídica esclarece que todo procedimento cirúrgico possui risco, mas se coloca à disposição da família, da mídia e protocolos legais na certeza de que cumpriram todos os protocolos de segurança e saúde.

11. Por fim, o médico Alexandre Veloso externa seu mais profundo sentimento de pesar.

Rony de Abreu Munhoz

Assessoria jurídica





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Comentários (7)

  • Larissa

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 19h35
  • Isso mesmo ! Fazem a gente até assinar um termo de responsabilidade ...... Por mais que eles dizem que as cirurgias são 'limpas'
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  • Camila

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 10h15
  • Teve hombridade, se ouve erro vai ser apurado! Parem de julgar quem quer fazer plástica, todo mundo que passa por procedimento cirúrgico sabe dos riscos! Meus sentimentos a família e amigos!
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  • Henrique

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 10h04
  • Se toda cirurgia tem risco, é mais um motivo para que os hospitais tenham UTIs em suas unidades de tratamento. Acho que procedimentos cirúrgicos deveriam ser proibido, se no hospital não possuir UTIs. Fica a sugestão para o Conselho de Medicina e para os legisladores.
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  • Eliete maria serra

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 09h20
  • muita futilidade fazer cirurgia plástica por vaidade. sendo que com essa pandemia hospitais lotados de pacientes com covid . se essa moça tivesse discernimento não faria a cirurgia já que ela teve covid as sequelas da covid dá alterações na pressão arterial e outros problemas. isso é muita futilidade, o resultado foi ir para o buraco morreu tão jovem. . eu como trabalho na área da saúde a gente vê essas meninas tão jovens e tão fúteis. se ela tive consciência não teria feito .
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  • deovaldo

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 08h39
  • transferência para uma Unidade Terapia Intensiva do hospital Santa Rosa ---> pois é o conselho de cirurgia plastica alerta sempre para que não se faça nenhum procedimento, seja lipo, plastica, enfim, pois se precisar de uma uti até ser transportado há um hospital já era, podendo agravar o quadro clinico e o ou a paciente vir a óbito.....fica a dica, se não tiver uti não faça...e cuidado com a vaidade...
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  • Delcio

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 08h02
  • Ao dizer que toda cirurgia tem risco, ele, como médico, tenta se isentar da sua responsabilidade. Absurdo!!
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  • Izabel

    Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 06h40
  • Muito triste. Mas a família poderia ter orientado a não fazer estética enquanto a pandemia está matando aos montes. Isso é futilidade neste momento. O risco de contaminação foi muito alto.
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