Marcus Mesquita
Momentos de pânico e terror foram relatados por uma passageira da linha 330 (UFMT-Terminal do CPA I), em Cuiabá, na página "Aonde não ir em Cuiabá" no Facebook. Em uma publicação, V.C. conta que todas as manhãs o motorista J.C.A. estaria colocando em risco a vida dos usuários.
"Acho que (o motorista) tem problemas mentais ou usa algum tipo de droga não sei, ele anda com um pau dentro do ônibus e alguns dias bate esse pau no capo e começa a gritar assim do nada, maltrata as passageiras e xinga, dirige como um louco", revela.
Segundo a passageira, a situação tem se repetido há algum tempo. No começo, ela não se preocupou, mas após algumas viagens percebeu que algo estava errado. "Nos primeiros dias não me assustei muito, mas semana passada ele começou a correr e gritar 'vocês não gostam de aventura?', para nós passageiros", continua.
Ainda na publicação, V.C. diz que o motorista faz as curvas de forma tão brusca que ela chega a achar que o ônibus vai tombar. "(O motorista) pegou rua errada, e gritava e corria, parecia que ele tava tentando se matar e matar os passageiros, eu tenho medo de acontecer algo", desabafa.
V.C. explica que precisa pegar sempre a mesma linha, que pertence à empresa Pantanal Transportes, pois precisa ir trabalhar, "mas tenho medo dele machucar alguém, dele tombar esse ônibus, é difícil tombar, mas sabemos que é possível, e da forma que ele faz as curvas isso não vai demorar a acontecer, não vai demorar pra esse cara provocar um acidente grave", teme.
Outro lado
Por meio de nota, a Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU) informou que após a denúncia nas redes sociais, J.C.A. já foi afastado da função. Além disso, a Pantanal Transporters está tomando as medidas necessárias neste caso. O motorista, por sua vez, negou todas as acusações amparado no argumento de que todos conhecem a sua boa conduta e que a denúncia será investigada.
A reportagem solicitou um posicionamento à Prefeitura de Cuiabá sobre o assunto, questionando se há algum tipo de fiscalização das linhas de ônibus. Até a publicação desta matéria não houve retorno.