Vítima de assédio por parte do chefe de segurança da delegação uruguaia, a funcionária da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) acusou um coordenador de segurança da Copa América de parcialidade. Em entrevista ao programa Cadeia Neles (TV Record 10.1) nesta terça-feira (22), a mulher de 43 anos disse que o homem, que também é coronel aposentado da Polícia Militar, teria defendido e agido como advogado do suspeito na delegacia.
O crime de assédio à funcionária teria ocorrido na noite do último domingo (20) em um hotel localizado na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, onde a delegação uruguaia estava hospedada. Segundo delegação uruguaia, o segurança já foi demitido.
Depois do suposto crime, o uruguaio se apresentou à delegacia, foi ouvido e liberado após pagamento de fiança de US$ 1 mil. A contratada da Conmebol denunciou ao coordenador de segurança e aos funcionários do hotel os supostos abusos.
Entretanto, a vítima afirmou que o coronel não foi imparcial e que ainda teria auxiliado o uruguaio. "O coronel defendeu o suspeito, agindo como advogado e não como policial. Na delegacia, o tempo todo o defendia (o suspeito)", disse a suposta vítima, que não teve o nome revelado.
Sobre a denúncia de assédio, a vítima relatou que o uruguaio ofereceu dinheiro para beijá-la. Por fim, a funcionária da Conmebol alegou que está tomando medidas cabíveis para que o segurança seja punido.
Ela teme que ele possa fazer novas vítimas. "Eu já tenho uma advogada que está vendo isso para mim para que esse tipo de coisa não fique impune. Eu espero que a justiça seja feita para ele não fazer outras vítimas. Eu soube me defender, mas se ficar impune poderá fazer outras vítimas", desabafa.
O suspeito foi demitido da delegação uruguaia na tarde desta segunda. A informação da demissão foi publicada no site da federação.
No comunicado, o órgão classificou o ato do segurança como “inaceitável” e “repudiável”. O órgão informou também que assim que o funcionário retornar a Montevidéu, Capital do Uruguai, será submetido a uma investigação administrativa imposta pela associação.
OUTRO LADO
De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Militar, o coronel está aposentado e foi contratado pela Comnebol como um dos coordenadores de segurança do mundial. O caso, segundo a instituição, deverá ser analisado pela Corregedoria Geral da Polícia Militar.
O segurança foi pereso pela Polícia Militar após ter oferecido U$ 20 dólares para dar um beijo na suposta vítima. Após os fatos, ela chamou a Polícia Militar e o segurança foi detido.
Após a detenção, o homem foi levado à delegacia, onde foi ouvido pela delegada Lizzia Kelly Ferraro Noyal. Depois do depoimento, a delegada autuou o uruguaio em flagrante delito.
Na sequência, o uruguaio foi submetido à audiência de custódia. No procedimento, o juiz Marcos Faleiros concedeu liberdade provisória ao segurança e arbitrou fiança de U$ 1 mil.
LUIZA
Quinta-Feira, 24 de Junho de 2021, 09h37Tomaz
Quinta-Feira, 24 de Junho de 2021, 05h32