A Polícia Federal apreendeu uma quantidade em dinheiro, barras de ouro e uma arma de fogo durante a operação Operação Ita Yubá, deflagrada nesta terça-feira (12), para apurar a prática de extração ilegal de ouro e comercialização do minério e de outras pedras preciosas. O metal era ofertado para empresas de São Paulo.
Estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais, além do Distrito Federal. Em Mato Grosso, a ordem judicial foi cumprida em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), cidade que já é conhecida por ter vários garimpos clandestinos e ser alvo de operações frequentes da Polícia Federal para destruir equipamentos e máquinas usadas pelos garimpeiros.
Inicialmente, o empresário sofreria busca e apreensão. No entanto, agentes encontraram armas ilegais em sua residência, o que ocasionou a prisão.
Durante a investigação, foi identificada uma organização criminosa que comprava, transportava e vendia minérios de forma ilegal. O grupo abastecia empresas do setor de joias e também usava os valores obtidos com as vendas para lavar dinheiro e promover o enriquecimento ilegal.
Segundo estimativas da PF, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 200 milhões com as atividades ilegais. O delegado Sandro Paes Sandre explicou que os criminosos comercializaram o ouro in natura já transformado em barras de ouro.
O metal era retirado por garimpeiros de leitos de rios na região norte do estado de Goiás. "Identificamos naquela oportunidade, garimpeiros estariam fazendo a extração de ouro de leitos de rios na região norte do estado de Goiás, e vendendo esse ouro de forma clandestina para essa pessoa que estava adquirindo e repassando, fundindo esse ouro e repassando na forma de barras de ouro para alguns receptadores. Com a análise dos dados dos aparelhos celulares que foram coletados na época, nós conseguimos identificar uma organização criminosa com maior atuação em sete estados do país, em Mato Grosso, Maranhão, Pará, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Brasília e Goiás, em que essas pessoas adquiriam esse ouro in natura, fundiam o ouro para transformá-lo em barras, e vendiam para empresas interessadas em sua aquisição no estado de São Paulo", disse o delegado.
O ouro era extraído de áreas não autorizadas pela Agência Nacional de Mineração e sem qualquer tipo de licenciamento ambiental. Durante a operação, houve o sequestro de imóveis, apartamentos, aeronaves e fazendas.
"E agora, nessa segunda fase, nós descobrimos um laboratório que já estava desativado há algum tempo no estado de Tocantins, pra fundição de ouro in natura também, e outro aqui em Goiânia, que está sendo objeto de exames periciais, que já tem um tempo que já está desativado. Não muito tempo, mas já tem um tempo que já está desativado. Na operação de hoje, nós conseguimos aprender ouro em barra, conseguimos aprender dinheiro, conseguimos aprender veículos, porque o foco da operação de hoje é também a lavagem de capitais, a recuperação de ativos, conseguimos aprender vários veículos, pedimos o sequestro de vários imóveis,entre eles apartamentos, casas e fazendas, além de duas aeronaves", ressaltou.