Polícia Terça-Feira, 24 de Outubro de 2023, 14h:55 | Atualizado:

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AGRESSOR

Pai de bebê morto em UPA ganha liberdade e delegada critica custódia

Ele tinha sido preso por descumprir medida protetiva a favor da ex-esposa

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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Um homem de 40 anos que tinha sido preso por provocar a morte do próprio filho, um bebê de quatro meses, durante uma briga com a ex-companheira, foi solto após passar por audiência de custódia em Cuiabá. O suspeito havia descumprido medida protetiva e feito ameaças contra ex-esposa que já sofria agressões, o que resultou sua prisão em flagrante.

Conforme divulgado, informações preliminares indicam que o bebê sofria violência por parte do próprio pai. No entanto, segundo a Polícia Civil, no momento da liberação do corpo da vítima, não foi possível confirmar que a causa da morte foi em decorrência das agressões.

A delegada Ana Cristina Feldner, do Plantão de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, reagiu à soltura do agressor. Em entrevista ao Programa Cadeia Neles, TV Vila Real, ela reforçou que o suspeito possui um alto grau de periculosidade, destacando que ele não deveria ter sido solto.

Chico Ferreira

Ana Cristina Feldner

Delegada Ana Cristina Feldner criticou a soltura do acusado durante audiência de custódia

“Fica a reflexão para que todos os profissionais envolvidos na área de Segurança Pública, inclusive o Judiciário e o Ministério Público, recebam treinamento e capacitação para atuar nessa área, inclusive os plantonistas. Porque, quando se trata de violência doméstica, os profissionais já conhecem essa matéria, entendem o ciclo de violência e como funciona durante o expediente, mas no plantão, na audiência de custódia, é encaminhado a um clínico geral. Aí é quando notamos uma falta de sensibilidade. O suspeito praticou diversos atos de descumprimento, diversos atos de violência, chegando a um alto índice de agressão que culminou, provavelmente, na morte de seu próprio filho. Ele foi preso por ter descumprido esses atos. É um alto grau de periculosidade. Ele pulou o muro da casa dela”, ressaltou Feldner ao criticar a soltura do acusado. 

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouviu a avó da criança, que relatou que o neto não estava bem de saúde desde quinta-feira. Ela disse que o bebê estava com febre e chorando bastante.

Após receber medicação, ele melhorou e conseguiu dormir. Na sexta-feira (20), a febre retornou e, por isso, a família procurou o posto de saúde do bairro, mas estava fechado. Decidiram então ir até uma farmácia, porém, a criança começou a ter convulsões e foi levada para a UPA. Ainda de acordo com a Polícia Civil, lá na UPA, a avó foi informada de que a situação do neto era grave e que a criança não resistiu.

A Perícia Oficial e Identificaç]ao Técnica (Politec) foi acionada e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal. Durante as investigações, os familiares da vítima informaram que havia histórico de violência praticada pelo pai contra o bebê e seus irmãos. Diante dessa situação, a Polícia Civil solicitou um exame de necropsia. Policiais militares conduziram o pai da criança por violação de uma medida protetiva de urgência, conforme denunciado pela companheira e mãe do bebê.





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Comentários (4)

  • Evangelista

    Terça-Feira, 24 de Outubro de 2023, 21h51
  • Esperam as tragédias acontecer dai é tarde, quando alguém denuncia e porque já são vários casos, mas muitas vezes as autoridades não agem rapidamente
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  • Jonas

    Terça-Feira, 24 de Outubro de 2023, 21h18
  • Eu concordo com a delegada em todos o comentário. Digo mais as leis e só um faz de conta. Os jurista querem americanizar as leis brasileira, aí virou a porcaria que está. Os repórteres a mídia em geral tem que ir perguntar para o magistrado que mandou soltar, o por que soltou. Tem que ter coragem, não ficar perguntando para os simples mortais, tem que perguntar para os deuses.
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  • Cuiabano

    Terça-Feira, 24 de Outubro de 2023, 16h14
  • Isso é bom para vcs sentirem o que muitos sentem , por vcs apaziguarem outros casos aonde envolve a própria mãe que abandona filhos que ameaça filhos que dopam filhos e por serem mulheres vc passam a mão devido ao modismo , direito é igual para ambos os sexos E o modismo de hoje por ser mulher vcs põem pano nos olhos . Afinal né doutora o símbolo da justiça é cega né ?
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  • Maria

    Terça-Feira, 24 de Outubro de 2023, 15h56
  • Essa é a justiça brasileira.
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