PC acha máquina de contar dinheiro na casa de perito em MT

 

Thyago Jorge Machado, ex-perito da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e irmão da advogada Thays Machado, que foi assassinada a tiros pelo empresário Carlinhos Bezerra em 2023, é um dos alvos da operação Mente Perita, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (10). A operação tem como objetivo desarticular um esquema de fraudes envolvendo laudos periciais em um processo relacionado à disputa de terras.

Segundo o portal Gazeta Digital, Thyago foi afastado do cargo em 2023, após estar envolvido em uma fraude relacionada a um outro laudo. Durante a operação, a polícia fez buscas na casa de Thyago em Cuiabá e apreendeu uma pistola .380 com 82 munições e um aparelho usado para contar cédulas.

A PC cumpre dois mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais, expedidas pela Vara Criminal de Sorriso, tem como alvo uma servidora pública da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e um ex-perito do órgão que foi demitido em razão de supostas condutas ilícitas.

O cumprimento dos mandados contou com apoio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). A investigação começou após uma denúncia de uma vítima, que contou que o  ex-perito, Thyago, pediu R$ 2 milhões para manipular uma perícia em um processo judicial que envolvia cerca de R$ 50 milhões. Nesse processo, uma pessoa que colaborou com ele foi nomeada como perita do juízo.

A suspeita é que Thyago, junto com a perita, oferecia vantagens financeiras a partes envolvidas em processos judiciais para favorecer suas perícias, fraudando os resultados. No caso específico, a quantia solicitada deveria garantir que uma assinatura fosse considerada verdadeira ou falsa.

Com base nessas informações, a polícia pediu e recebeu autorização para buscar as casas de Thyago e da perita. Nas buscas, foram encontradas a pistola e o aparelho de contagem de dinheiro na casa de Thyago.

Nada de ilícito foi encontrado na casa da perita, apenas seu celular e notebook. As investigações continuam, com análise do material apreendido, podendo revelar novas provas, identificar outras vítimas ou envolvidos no esquema.