Polícia Quarta-Feira, 05 de Junho de 2024, 23h:45 | Atualizado:

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PROPINA

PF estranha transferências de R$ 225 mil entre fiscal, promoter e secretário de Cuiabá

Fiscal efetuou 12 repasses para adjunto da SORP, que morreu neste ano

BRENDA CLOSS
Da Redação

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A decisão do juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), revela que um dos alvos da Operação Ragnatela, da Polícia Federal, realizou várias transações bancárias que totalizam mais de R$ 223 mil ao então secretário-adjunto de fiscalização da Ordem Pública, Benedito Alfredo Granja Fontes, que morreu em março deste ano em decorrência de um câncer. Deflagrada nesta quarta-feira (5), a operação investiga um esquema de lavagem de  dinheiro do Comando Vermelho usando quatro casas noturnas de Cuiabá com o envolvimento de servidores públicos, promoters, vereador, blogueiras e até policiais penais que facilitavam a entrega de celulares em um presídio que auxiliava a comunicação da facção.

De acordo com decisão da Justiça, o fiscal da SORP, Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, que foi afastado do cargo, efetuou 12 transferências bancárias ao secretário adjunto que totalizaram R$ 223.128,50. A Polícia Federal sugere "a venda de algum bem de grande valor entre os investigados ou uma relação financeira obscura", que será melhor esclarecida na evolução das investigações.

O relatório também destaca que foram identificadas duas transações entre o fiscal e o ex-coordenador do Cerimonial na Câmara de Cuiabá, o promoter Rodrigo de Souza Leal, que foi preso, no valor de R$ 3.850,00. "Levanta a possibilidade de serem decorrentes de algum tipo de propina paga ao fiscal (o gasto da planilha mencionado por Jardel Pires)", explica. 

Benedito era servidor municipal da Prefeitura de Cuiabá desde 1989 e morreu no dia 26 de março deste ano, em decorrência de um câncer aos 55 anos. O esquema é investigado há aproximadamento dois anos pelos agentes de segurança. 

O empresário Willian Aparecido Costa, conhecido como "Gordão", é um dos alvos e foi preso. Ele era o testa de ferro do esquema e dono da ex-casa de festa Dallas, na Avenida Beira Rio. 

As investigações apontaram que os estabelecimentos eram usados por lideranças do Comando Vermelho para lavagem de dinheiro do crime organizado. Um dessas casas foi adquirida pelo CV  pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie. O papel dos agentes públicos era facilitar a concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.

Com isso, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos. Já a comunicação entre as lideranças ocorria por meio de celulares que eram enviados para dentro de presídios por meio de um policial penal identificado como Luiz Otávio Natalino, alvo de busca e apreensão e suspeito transferir lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.





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Comentários (1)

  • Gordo

    Quinta-Feira, 06 de Junho de 2024, 12h51
  • Viva a corrupção! Viva o Brasil! Viva a injustiça! Tofolli mandou esquecermos o que o Odebrecht falou! Kkkkk volta do regime militar já!
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