O prefeito de Novo São Joaquim, Leonardo Faria Zampa (PL), demitiu o servidor municipal Wanderlan Gondim Silveira, flagrado em um vídeo acessando sites pornográficos e se masturbando, dentro do gabinete em que trabalhava, na sede da administração da cidade. O servidor, que era efetivo na Prefeitura e atuava como contador, recebia um salário de R$ 21.531,42. A informação da demissão foi publicada no Diário da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), que circulou na quinta-feira (3).
A decisão ocorreu após Processo Administrativo Disciplinar (PAD). "Assim, concordo com todas as razões do parecer final, razão pela qual, adoto-o como razão de decidir, motivo pelo qual, em razão da procedência do PAD, decido pela penalidade de demissão ao servidor Wanderlan Gondim Silveira com fundamento nos arts. 157, V e no art. 161, I, IV, V, VII do estatuto dos servidores”, traz trecho.
Um outro Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto para apurar o "sumiço" de um HD que ficava na sala de contabilidade onde o servidor trabalhava.
"Determino por que seja instaurada sindicância/PAD, visando apurar o sumiço do HD do computador que se encontrava na sala da contabilidade, bem como seja instaurado sindicância/PAD, para apurar os fatos descritos no item 3.3 das razões nais do servidor", aponta.
O texto ainda considera gravíssima a conduta do servidor "principalmente em razão do período em que vivemos, que se deve ter respeito pelo próximo, não se pode se ter como normal, o fato do servidor estar se masturbando em sua sala funcional".
A segunda conduta, também, "trouxe aspecto que deve ser observado, já que, os demais servidores devem também ser protegidos, não sendo crível que se encontrem imagens de pornográfica, com o rosto do servidor, no computador funcional”. A situação vexatória veio à tona em maio deste ano. Ele assistia ao vídeos eróticos no computador em que trabalhava, dentro da Prefeitura de Novo São Joaquim.
Em 2017, o servidor chegou a ser afastado do cargo, após seis servidoras o denunciarem por assédio sexual. Posteriormente, ele acabou reconduzido ao cargo após uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), sob a justificativa de que não existia outro profissional qualificado na mesma área para exercer a função.
Na época, o prefeito classificou o ato do contador como lamentável. O gestor lembrou que, no local, também trabalham mulheres, classificando a atitude como inaceitável. “É vergonhoso para o município, pois acaba manchando a nossa imagem. Esse tipo de conduta é inaceitável, ainda mais porque lá também trabalham mulheres, famílias. Acho que esse é o nosso sentimento. O mesmo servidor já teve um processo por assédio, na Prefeitura. Por conta do vídeo, ele foi afastado do cargo e irá responder ao PAD”, afirmou o prefeito.
CARLOS NUNES
Sexta-Feira, 04 de Julho de 2025, 19h50