Um mês após o desaparecimento da atendente de lanchonete, Franciele Costa, de 28 anos, a polícia ainda não concluiu as investigações sobre o caso e também não descobriu o paradeiro dela. Na última semana, o principal suspeito do sumiço foi solto após conseguir um habeas corpus. A Polícia Civil informou que iria pedir a renovação da prisão temporária, mas por falta de provas e de novos elementos que pudessem incriminá-lo não pode fazê-lo, segundo a Polícia Civil de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá.

Se levantou a suspeita contra o fazendeiro, com quem a vítima mantinha um relacionamento extraconjugal, depois de testemunhas terem relatado que a última vez que ela havia saído de casa seria para se encontrar com ele. Nesse período, ela não entrou em contato com familiares e amigos.

Agora, a polícia aguarda dados de sigilo telefônico para avançar nas investigações, bem como identificar o último local em que ela esteve. A expectativa é que recebê-los na próxima semana. Também poderá contribuir com o inquérito o resultado das perícias feitas nos veículos do suspeito.

A vítima estava grávida de oito meses quando desapareceu e o pai da criança seria o suspeito do sumiço dela. Quando desapareceu estava sem nenhum documentos de identificação e roupas. Ela tem dois filhos, de 6 e 9 anos, que também não estava com ela. Conforme a Polícia Civil, foram feitas buscas pela fazenda do suspeito com a ajuda de cães farejadores, mas nenhuma pista de Franciele foi encontrada.

Para a Polícia Civil, o suspeito do crime queria manter o relacionamento extraconjugal sob sigilo. Porém, em depoimento logo depois de ter sido preso, ele negou envolvimento amoroso com a vítima e alegou que apenas a conhecia. Foram realizadas buscas na fazenda do suspeito, mas nenhum vestígio da vítima foi encontrado. A polícia não descarta a hipótese de que ela tenha sido assassinada.

Conforme a irmã de Franciele, Daniele Epifânio da Costa, o suspeito era casado e mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima, até que ela ficou grávida", contou. Segundo ela, a irmã falou que quando comentou com fazendeiro sobre a gravidez ele teria ficado descontente e ainda pediu que ela cometesse aborto. Porém, ela teria se recusado, principalmente por já estar no sexto mês de gestação.

O fazendeiro teria concordado com a gravidez depois de Franciele garantir que não falaria para ninguém sobre quem era o pai. "Ele concordou com a gravidez e ele disse que a ajudaria financeiramente, mas não era para ela dizer que ele era o pai. Quem sabia sobre isso era só eu e outras duas amigas dela", contou.