O médico veterinário Anderson Francisco de Magalhães, de 43 anos, que matou a esposa Ana Paula dos Santos Pereira Magalhães, de 41 anos, com um tiro na cabeça, no município de Cotriguaçu (950 km de Cuiabá) estava a uma distância de um a dois metros do corpo da mulher.  À Polícia Civil, inicialmente, Anderson havia afirmado que houve uma discussão e que a vítima tinha puxado a arma - narrativa descartada em laudo pericial.

A informação é do delegado Ronaldo Binotti. O suspeito foi indiciado pelo crime nesta segunda-feira (19).

"Informalmente, ele relatou que houve uma discussão e que a esposa puxou a arma pra ele. Nessa hora eles entraram em luta corporal e a arma acabou disparando contra a vítima. Porém, após o laudo pericial, afastamos completamente essa narrativa. O disparo foi entre 1 e 2 metros do corpo da mulher, um único disparo, na cabeça. Indiciamos por homicídio triplamente qualifico, por motivo fútil, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por razões da vítima ser do sexo feminino, além de posse de arma de fogo de uso permitido", declarou Ronaldo Binotti, delegado responsável pelo caso, ao FOLHAMAX. 

Anderson foi preso pela Polícia Civil no dia 4 de setembro em uma fazenda na zona rural de Cotriguaçu e encaminhado à delegacia do município, onde foi interrogado e autuado em flagrante. Antes da prisão, o médico veterinário enviou um áudio para um parente da vítima, no qual afirmava estar tranquilo e nunca ter agredido a esposa.

"Eu vou assumir meus erros e me entregar à Justiça. Podem ficar tranquilos. Minha filha nunca vai me perdoar. Minha vida acabou. Eu nunca encostei um dedo na sua sobrinha. Nunca dei um tapa em Ana Paula. Eu sei que estou errado. Ela apontou a arma para mim. Tanto é que ela colocou a filha do casal no quarto", disse o médico veterinário no áudio direcionado a uma tia de Ana Paula e exibido no Programa do Pop, da TV Cidade Verde.

Após o crime, Anderson foi a uma distribuidora e confessou que havia atirado em sua esposa, solicitando o acionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Em seguida, ele entrou em seu veículo, uma caminhonete Triton de cor prata, e fugiu.