Abilio exonera secretária de Educação e coloca "afilhado" de Pivetta

 

Com pouco mais de três meses no cargo, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), efetuou a primeira mudança significativa de seu staff no primeiro escalão, exonerando a secretária municipal de Educação, Evanilda Solange Dias. O novo chefe da pasta será o atual secretário-adjunto, Amauri Monge Fernandes, que atuava no Governo do Estado e é ligado ao vice-governador Otaviano Piveta (Republicanos).

A Secretaria Municipal de Educação, desde o início da gestão de Abílio Brunini, em janeiro, foi um dos principais alvos de críticas tanto da oposição do prefeito, como até mesmo de nomes da base do chefe do Palácio Paiaguás. Por conta da crise vivida na pasta, o reinício das aulas chegou a ser atrasado em uma semana, em fevereiro.

Evanilda Solange Dias, que morava em Fortaleza (CE), foi anunciada por Abílio em dezembro, ocasião em que o prefeito ressaltou que a professora tinha em seu currículo 34 anos de atuação na ducação mato-grossense como servidora efetiva da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), sendo graduada em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e especialista em Ensino da Educação Superior, tendo experiência na gestão e na Formação de Profissionais da Educação.

No entanto, o currículo não foi suficiente para eximir a então secretária de críticas e na sessão da Câmara Municipal de Cuiabá, na última terça-feira (1), o vereador Daniel Monteiro (Republicanos) relembrou que a pasta vinha sendo alvo de críticas devido a problemas como atrasos no início do ano letivo, falta de planejamento estratégico e a ausência de livros didáticos adequados. Na ocasião, ele elogiou a nomeação de Amauri Monge Fernandes como adjunto, nome que será oficializado como novo secretário, logo mais, em uma entrevista coletiva.

Para defender Evanilda Solange Dias, Abílio Brunini chegou a apontar como causa dos problemas as várias deficiências estruturais encontradas nas escolas, como destelhamento, instalações elétricas oferecendo risco, danos causados por chuvas, entre outros. O prefeito também culpou alguns servidores, que ainda não haviam sido trocados, e que segundo ele, estariam ‘boicotando’ a secretária.

"A sensação é de que há algumas pessoas travando o processo (...). Talvez algumas pessoas que eram muito ligadas ao antigo gestor, à antiga gestora e elas têm travado muitos procedimentos, impedido avanço dentro da Secretaria de Educação. Essas pessoas, a gente não tinha tirado, se entrarem no quadro de servidores vão ver que em muitas secretarias nós não trocamos 100% dos servidores, tem servidores que eram da gestão passada e estão sendo trocados com o tempo", disse ele, à ocasião.