O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), comentou sobre a implantação da Guarda Municipal, uma de suas promessas de campanha e muito aguardada pela população. Segundo o gestor, o projeto já conta com a aprovação da Câmara Municipal, mas ainda precisa ser estruturado. Além disso, é necessário primeiro “organizar a casa”, como a reestruturação de contratos como medida de economia.
“Muita gente está querendo que eu faça agora a Guarda Municipal. Eu estou com 15 dias de prefeitura, não é assim. Mas vamos fazer. Quero, neste ano, terminar o projeto. Já tem lei aprovada na Câmara, mas a gente tem que criar um projeto físico e financeiro para poder organizar como isso vai funcionar. Se der tudo certo, a gente lança o edital do concurso ainda esse ano. É um desejo nosso para começar o ano que vem já com a Guarda instituída”, explicou durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá na última quarta-feira (15).
Ele também mencionou que a previsão é de contratar mais de 100 agentes, dependendo da organização financeira do município. “É cedo para falar sobre isso, mas tenho certeza que menos de 100 pessoas não será, porque a demanda é maior do que isso. Mas a gente ainda vai organizar a casa para tomar essa decisão. Quando a gente tem essa dificuldade, a organização financeira da Prefeitura não permite lançar novos concursos, porque isso vai gerar impactos na folha. Então, quando vamos poder lançar concursos? Acho que assim que a gente colocar a casa em ordem”, afirmou.
Brunini também destacou a importância da reestruturação de contratos como medida de economia. “Vou dar um exemplo para se ter uma ideia: tem um contrato de uma empresa de tecnologia que presta um serviço de gestão de software, que verifica se o sistema está funcionando, o que precisa de melhorias, etc. Esse contrato foi feito [pelo Emanuel Pinheiro] com as secretarias de Saúde, Educação e Prefeitura. Os três contratos têm o mesmo objeto, só que a prefeitura é gestora de todas as secretarias. Então tem três contratos e os três estão sobrepostos pelo contrato da prefeitura, que é o maior. Estamos rompendo esse contrato com a Saúde e Educação e deixando apenas o da prefeitura, que abraça todas as pastas. Só nessa ação economizamos R$ 21 milhões”.
De acordo com o prefeito, a gestão de tecnologia da prefeitura tem R$ 570 milhões em contratos anuais, e a meta é reduzir mais de R$ 100 milhões em curto prazo. “Isso gera economia para a prefeitura. Tem inúmeras empresas terceirizadas que prestam serviços de mão de obra e, às vezes, os contratos são iguais, com a mesma finalidade. Esses contratos só são para aumentar o ‘cabidão de empregos’ que era feito dentro das terceirizadas”, disse.
O “cabidão” citado por Brunini foi uma clara referência a Operação Capistrum, deflagrada em outubro de 2021 pelo Naco-Criminal e resultou nos afastamentos dos cargos de Emanuel Pinheiro, sua esposa e primeira-dama Márcia Pinheiro, da secretária adjunta de governo e assuntos estratégicos, Ivone de Souza, na prisão do chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, além do bloqueio de bens de até R$ 16 milhões de todos os envolvidos.
A suspeita é de que o prefeito tenha "loteado" cargos na Pasta da Saúde para obter apoio político de vereadores, que indicavam pessoas para assumir postos de trabalho na pasta. “A gente começou a chamar as pessoas para aparecer e muitas delas não apareceram, mostrando realmente que era só para colocar gente lá. Essa economia vai ajudar a gente, no final do ano, a ter um resultado positivo e sobrar recursos para fazer investimentos no ano que vem”, concluiu.
Eleitor
Segunda-Feira, 20 de Janeiro de 2025, 08h29Thiago
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