Política Segunda-Feira, 06 de Julho de 2015, 18h:16 | Atualizado:

Segunda-Feira, 06 de Julho de 2015, 18h:16 | Atualizado:

OPERAÇÃO VENTRILOQUO

Advogado teria usado esposa em desvios

 

Arthur Santos da Silva
Olhar Jurídico

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

joaquim-mielli3.jpg

 

O advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, investigado pelo Gaeco em um esquema para desvio de R$ 9 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, utilizou a empresa Tauro Motors Ltda para, supostamente, lavar R$ 1,5 milhões. Conforme levantamento do Ministério Público, a concessionária especializada em carros importados era administrada por Andrea Boscolo Camargo, esposa do réu.

Nos documentos  entregues a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, dois contratos de empréstimos são identificados. O procedimento investigatório criminal formulado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado traça o suposto esquema de combinações

O primeiro contrato, firmado no dia 24 de fevereiro de 2014, é valorado na importância líquida de R$ 1 milhão. Andrea Boscolo devolveria o dinheiro em parcelas de R$ 12 mil. “Tal valor compreende os juros remuneratórios propriamente ditos e o valor correspondente a perda do valor monetário periódico, ou seja, da inflação verificada no período”, afirma o documento.

O segundo empréstimo, de menor valor, foi combinado na importância líquida de R$ 500 mil. O contrato, firmado no dia 13 de maio de 2014, seria quitado por Boscolo em parcelas de R$ 6,750 mil. Como garantia o contratante ofereceu um nota promissória no valor do empréstimo descrito.

Ainda conforme o Gaeco, a Tauro Motors, representada por Andrea, teria afirmado que o objeto social da empresa era “a exploração de comércio, importação e exportação de veículos automotores novos e usados; comércio, importação e exportação de equipamentos, peças e acessórios de veículos automotores; serviço de reparos e manutenção de veículos automotores; locação de veículos automotores sem condutor”, justificando os empréstimos.

O Ministério Púbico oferta, como documento anexo, um “canhoto” do cheque emitido na transação envolvendo os investigados. Um comprovante de transferência bancária também faz parte dos autos.

Entenda o caso

O então presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD) teria determinado o pagamento de dívida na integralidade de R$ 9 milhões em face ao banco HSBC relativa a débitos em atraso da contratação de seguros saúde para os servidores da Casa de Leis desde que metade do montante fosse desviado para o grupo, supostamente, organizado pelo parlamentar. O pagamento da dívida foi efetuado ao advogado Joaquim Fábio Mielle, supostamente em favor do HSBC.

 





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet