O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Dr. João (MDB), garantiu que neste segundo semestre legislativo a Casa de Leis intensificará o debate de temas que se tornaram alvo de discussões da opinião pública como o possível fechamento do Hospital Santa Casa e os empréstimos consignados irregulares.
O deputado explicou que a retomada dos trabalhos na Casa de Leis aconteceram nesta terça-feira (05), mas que houve movimentações discretas nos bastidores. Ele cita como exemplo, o questionamento do senador Jayme Campos (União), envolvendo custo mensal do hospital Santa Casa, numa tratativa para manter a unidade em funcionamento. “Seguimos debatendo esse tema na Comissão de Saúde, e se for preciso nós vamos até o Palácio Paiaguás e conversar o que a gente pode reverter. Existem muitas pessoas querendo ajudar, esses dias eu recebi um telefonema do senador Jayme Campos perguntando quanto que era o custo mensal da Santa Casa, para ele fazer alguma coisa, então nós temos que fazer um pool de demanda de pessoas que querem ajudar, para a gente tentar soluções”, disse o deputado.
Para o emedebista, é incoerente fechar a unidade centenária diante de sua importância na oncologia e na história do estado. Respaldando o argumento, o deputado chegou a citar o crescimento no número de diagnósticos de câncer em Mato Grosso, mostrado pelo Jornal A Gazeta, principalmente quanto a mortalidade. “O número de pacientes oncológicos no Estado de Mato Grosso, de anos para cá, aumentaram muito, e nós temos que ter essa preocupação, que hoje é um hospital onde faz muita sessão, trata muitos pacientes oncológicos, temos que pensar antes de fechar uma instituição de saúde, importante para o desenvolvimento do nosso povo, principalmente para o desenvolvimento oncológico”, emendou.
Quanto aos consignados, o parlamentar não estranha o silêncio da Mesa Técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para ele, diante da delicadeza das denúncias o órgão trata tudo em silêncio para não expor antecipadamente. “Não, acho que não vai acabar em pizza não, e nem pode acabar, é uma coisa muito séria, eu acho que o pessoal está trabalhando em silêncio, para não expor muito, mas pode ter certeza, que o Tribunal de Conta, o Tribunal de Justiça, a própria Assembleia legislativa, está todo mundo focado em cima disso, e que não pode terminar em pizza não, que a coisa é muito séria”, defendeu.
A última atualização quanto o caso era que até o dia 31 de julho as empresas consignatárias poderiam incluir todos os contratos em débitos para uma análise do TCE, mas desde então sequer houve pronunciamentos oficiais.