O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em entrevista à Rádio Cultura FM, nesta terça-feira (13), Leonardo Bortolin (MDB), projetou um novo momento para o MDB de Mato Grosso com a chegada da deputada estadual Janaina Riva à presidência estadual do partido. A convenção que oficializará a posse está marcada para o próximo dia 21 de agosto.
Além disso, disse que a Assembleia Legislativa (ALMT) ficou pequena para a amiga, que deve disputar o Senado em 2026. Segundo Bortolin, a ascensão de Janaina representa não apenas uma renovação na condução partidária, mas também a definição de um posicionamento claro no campo da centro-direita, com alinhamento às principais lideranças nacionais da legenda, como o ex-presidente Michel Temer e o atual presidente do MDB nacional, Baleia Rossi. “A partir do momento que Janaina assumir o partido, ele se posiciona no centro-direita. Isso já é acordado com Michel Temer e Baleia Rossi”, garantiu.
O dirigente avalia que a prioridade do MDB para 2026 será a disputa ao Senado Federal, com a candidatura de Janaina Riva. Para ele, a parlamentar tem “totais condições” de conquistar uma das duas vagas que estarão em jogo. “A Assembleia Legislativa já ficou pequena para o tamanho do que a Janaina representa hoje em Mato Grosso. Em uma eleição de duas vagas, acredito muito que uma é dela”, afirmou.
Bortolin ressaltou que não vê sentido em antecipar conflitos políticos neste momento. Ele defende que a legenda mantenha diálogo aberto com diferentes atores e correntes políticas, inclusive com o governador Mauro Mendes (UB), de quem o MDB não é oposição. “Há muita gente que deseja votar na Janaina e no Mauro Mendes. Não é hora de afastar atores”, argumentou.
O presidente da AMM afirmou que, apesar de eventuais divergências públicas entre Janaina e o governo estadual, a relação institucional é positiva. “O MDB faz parte da base na Assembleia Legislativa e vota com o Governo, inclusive a Janaina. Os quatro deputados do partido são excelentes parlamentares e todos votam com as matérias do Executivo”, destacou.
Bortolin também citou a necessidade de articulação com lideranças de outros partidos que poderão disputar o governo em 2026, como o senador Wellington Fagundes (PL), o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o senador Jaime Campos (UB). Segundo ele, o momento é de “costurar” alianças e evitar o isolamento.
Sobre o cenário nacional, Bortolin afirmou que não haverá divisões internas quanto ao apoio na disputa presidencial, destacando a importância de uma construção única na centro-direita. Ele disse acreditar que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro confirmar sua candidatura, não haverá espaço para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entre na disputa.
Ocorre que Bolsonaro está inelegível até 2030 por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, além de uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros em julho de 2022.
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Quarta-Feira, 13 de Agosto de 2025, 23h40