Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e alvo da operação contra notícias falsas deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (27), o sinopense Marcelo Stachin se defendeu afirmando que nunca fez ameaça alguma aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O empresário esteve no início da tarde de hoje na sede da Polícia Federal, em Cuiabá, para prestar depoimento.
Ele usava uma camisa verde e amarela com os dizeres: "Supremo é o povo". “Em nenhum momento eu fiz ameaça a uma instituição. Muito pelo contrário. Isso foi construído por alguns sites, mas eu nunca disse que invadiria nenhuma instituição. Disseram até que eu teria treinamento paramilitar. Nunca fiz isso”, disse.
Juntamente com o dele, que é morador de Sinop (distante 480 quilômetros de Cuiabá), outros 28 endereços de deputados federais, estaduais, ativistas, empresários, pseudojornalistas e o presidente do PTB, Roberto Jefferson, também receberam a visita dos agentes da PF por suspeita de participação na rede de propagação de ódio pela internet e a existência do chamado Gabinete do Ódio que estaria instalado dentro do Palácio do Planalto sob o comando do vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro. A investigação do STF é comandada pelo ministro Alexandre Moraes e nesta fase específica apura apura ofensas, ataques e ameaças contra os ministros da Suprema Corte.
Stachin afirma que não há indício algum de que ele incite violência contra alguma instituição da democracia brasileira. “Alguns desses sites têm objetivo de deturpar os movimentos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Não acho que tenha feito nenhuma ameaça. Tanto que se procurar na minha rede social, não vai encontrar nada”, continuou.
Nas mídias sociais de Stachin, descrito no Facebook como “figura pública”, há vários posts de defesa ao presidente e sua política de governo, além de fotos da manifestação do dia 15 de março, outras em abril e todas realizadas em maio, com várias fotos, vídeos e entrevistas. Sábado (23), um dia depois da exibição da íntegra do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de março, ele postou em sua conta no Instagram: “Eitaaa Abraham Weintraub. Nosso Orgulho nesse car#%@!”, referindo-se à frase do ministro da Educação: “Por mim, eu colocava esses vagabundo tudo na cadeia... Começando pelo STF”, apontando para a sede do Palácio da Justiça.
Ele também participou de um vídeo de outro bolsonarista, Paulo Felipe, convocando uma invasão do Congresso Nacional e do próprio STF. Todos os vídeos postados em seu Facebook são sobre as manifestações pró-Bolsonaro, apesar de classificadas como antidemocráticas pelos três poderes em Brasília.
Segundo Marcelo, nem a PF nem o STF o informaram ou procuraram para realizar a busca e apreensão e ele sequer sabia que seu nome estava incluído na investigação. Na verdade, ele não foi encontrado no endereço informado à justiça.
Ele afirmou que estava em seu sítio em Nova Mutum (distante 240 quilômetros de Cuiabá), mas estava em viagem até Brasília para participar de nova manifestação política a favor do presidente. “Eu tenho uma residência em Sinop, mas não recebi ligação nenhuma. Estou em viagem, retornando para Brasilia. Não fui procurado por ninguém. Meu endereço não foi procurado. Na minha residência não foram, mas se for, estou à disposição da Justiça”.
LISTA COMPLETA
Outros nomes listados pelo jornal O Estado de São Paulo como sendo de alvos da investigação foram os deputados federais Beatriz Kicis (PSL- DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro (PSL-PR), Geraldo Junio do Amaral (PSL-MG) e Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP), além dos estaduais Douglas Garcia Bispo dos Santos (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP).
Também foram procurados sob mandados de busca e apreensão o blogueiro Allan dos Santos, criador do Terça Livre; Sara Winter, ex-ativista do grupo ultra radical de esquerda Femen e hoje bolsonarista; Winston Rodrigues Lima, capitão da reserva do Exército e youtuber; três endereços de Paulo Gonçalves Bezerra em Campo Grande, Volta Redonda e Itaguaí, todos municípios do Rio de Janeiro; Reynaldo Bianchi Junior; o presidente do PTB, Roberto Jefferson Monteiro Francisco; três endereços de Luciano Hang, dono da Havan, em Santa Catarina (dois em Brusque e um em Balneário Camboriú), dois endereços de Bernardo Pires Küster em Ibiporã e Londrina, e Eduardo Fabres Portella, todos no Paraná; dois endereços de Edgard Gomes Corona em São Paulo; Edson Pires Salomão, que foi alvo de buscas no endereço do gabinete do deputado Douglas Garcia, na Assembleia Legislativa de São Paulo; Enzo Leonardo Suzi Momenti, dois endereços de Marcos Dominguez Bellizia; três de Otavio Oscar Fakhoury, Rafael Moreno e Rodrigo Barbosa Ribeiro, sendo dois endereços em Araraquara e outro no gabinete do deputado Douglas Garcia, também na AL de São Paulo.
tom
Quinta-Feira, 28 de Maio de 2020, 07h50Paulo
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 16h47Amanda Duarte
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 16h37Diogo Nogueira
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 16h25Ref?m do Agro
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 16h19Bui?
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 16h05Christmann Hilleshein Cardoso
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 15h49Raul
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 15h15Sacripanta
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 15h13Eleitor cuiabano
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 14h43S?nia
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 14h37Pastor Hosgay
Quarta-Feira, 27 de Maio de 2020, 14h36