O prazo de prorrogação da força-tarefa da Ararath, instituída em junho 2014, depois da apreensão de um grande volume de documentos por parte da Polícia Federal, encerrou nesta segunda-feira (4). Conforme a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, ainda não se sabe se uma nova prorrogação será determinada pelo procurador geral da República Rodrigo Janot.
Caso não haja a dilação de prazo para aprofundamento das apurações, o resultado da operação, desmembrada em 10 fases, será a propositura de 12 processos, com 22 pessoas figurando como reús e o pedido de devolução de R$ 240.725.899,31. Em que pese o prazo ter se encerrado, dados disponibilizados em janeiro pelo MPF apontavam ainda a existência de 21 investigações em andamento.
A Operação Ararath desvendou um intrincado esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, por meio de bancos piratas em Mato Grosso, que contava com o ex-secretário Eder Moraes como operador do sistema.
O dinheiro desviado do Estado, por meio de triangulação com empresas prestadoras de serviço, servia, entre outros fins, para financiar campanhas políticas. O rombo seria de R$ 500 milhões, conforme o apurado pela Polícia Federal.
Das 11 ações propostas, uma delas já teve desfecho e resultou na condenação de Eder Moraes a 69 anos de prisão. Ex-superintendente do BIC Banco, Luiz Carlos Cuziol também foi condenado. Apenas a esposa de Eder Moraes, Laura Tereza Dias, foi absolvida neste processo. Foram ainda denunciados e respondem a processos em razão do esquema Vivaldo lopes, Janete Riva, Avilmar de Araújo Costa, Altevir Piovezan Magalhães, Gui-lherme Lomba de Mello Assumpção, Altair Baggio, Rodolfo Aurélio Borges de Campos, Kleber Tocantins, Genir Martelli, Márcio Luiz Barbo-sa, Samuel Maggi Locks, Renato Novack, Alex Tocantins, Edson Ribeiro Miranda, José Gonçalves Miranda, Carlos Roberto Ribeiro de Miranda, Pedro Armínio Piran, Renan Luiz Mendonça Bezerra e Celso Luiz Duarte Bezerra.
Integram a força-tarefa o procurador regional da República Gustavo Pessanha Veloso, da Procuradoria da República da 1ª Região (PRR1), e os procuradores da República Rodrigo Leite Prado, Ronaldo Pinheiro Queiroz, Vanessa Zago Ribeiro Scarmagnani e Denise Müller Slhessarenko.Pr