O deputado estadual Wagner Ramos (PR) afirmou que a bancada republicana na Assembleia Legislativa está dividida quanto a qual grupo político a legenda deve se coligar na eleição deste ano. Parte dos parlamentares defende a aliança com a base governista, outra parcela prefere a composição com a oposição. 

O próprio republicano afirma não ter decidido ainda. “Meu posicionamento é que a opinião da maioria seja respeitada”, sustenta. 

Na sessão noturna desta terça-feira (6), o deputado Emanuel Pinheiro (PR) usou a tribuna da AL para dizer que não aceita sofrer pressão de nenhum sentido. 

A referência velada teria sido ao ultimato que os partidos da base teriam dado ao PR na reunião da última segunda-feira (5). Os republicanos teriam recebido um prazo de 10 dias para decidir de que lado ficarão. 

Pinheiro, por outro lado, afirmou que o candidato da oposição ao governo, o senador Pedro Taques (PDT), só está mais bem alocado nas pesquisas de intenção de voto por estar a mais tempo pleiteando o cargo. 

Cortejado pelos dois grupos políticos do Estado, o PR recebeu carta branca do senador Blairo Maggi (PR), quando este reiterou a decisão de não concorrer ao governo em outubro. Desde então, os diálogos têm se intensificado em ambos os lados. 

Na noite da última segunda-feira (5), deputados estaduais da legenda republicana, que compõem a maior bancada do Legislativo estadual, foram recebidos na casa do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB). 

Coordenador da pré-campanha de Taques, o socialista é o intermediário das conversas entre os partidos que já estão no bloco de oposição e o PR. 

Na mesma noite, no entanto, o presidente estadual do PR, deputado federal Wellington Fagundes, também esteve na reunião promovida pela base governista.