Barranco aponta hipocrisia de bolsonaristas em tentar soltar mandante

 

O deputado Valdir Barranco (PT) chamou de vergonhoso os votos de cinco deputados federais de Mato Grosso para soltar o colega de Câmara Federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) apontado pela Polícia Federal como mandante do assassinato da vereadora do carioca, Marielle Franco (Psol). O petista apontou hipocrisia por parte de representantes que defendem penas mais rígidas por parte do Código Penal brasileiro. 

Brazão foi preso no último dia 23 de março, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Como a Constituição Federal prevê que prisões de parlamentares no exercício do mandato têm de ser submetidas ao plenário, a Casa colocou o tema em pauta para ser apreciado.

"É um absurdo, pois é um crime que é de repercussão internacional. [...]. É vergonhoso que dos oito deputados mato-grossenses, cinco tenham votado assim e principalmente os cinco que a todo o momento clamam dizendo que bandido bom é bandido preso, é bandido morto, mas desde que os bandidos não sejam de seus quintais", disparou Barranco nesta segunda-feira (15), durante audiência pública 'Brasil sem Misoginia', com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na ALMT. 

Pela bancada de Mato Grosso, votaram pela soltura de Chiquinho Brazão os deputados federais Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL), Abílio Brunini (PL), Amália Barros (PL) e Coronel Assis (PL). Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (UB) e Juarez Costa (MDB) votaram pela manutenção da prisão do parlamentar. 

Apesar dos votos da bancada de Mato Grosso, a Câmara Federal aprovou, com 277 votos, a manutenção da prisão do deputado federal, contra 129 votos pela soltura. Foram registradas ainda 28 abstenções.