Política Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 12h:29 | Atualizado:

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TRANSAÇÃO

BB admite que cartão consignado "quebrou" servidores do Estado

Hoje, 42% estão com dívidas acima de 35% dos salários

Da Redação

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Conforme o requerimento 334/2025, de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSD), ainda não foi definida data para que representantes do Banco do Brasil prestem esclarecimentos na Assembleia Legislativa sobre o convênio 030/2022/SEPLAG/MT e outros contratos relacionados a operações de consignação com servidores públicos estaduais. Porém, o parlamentar e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valter Albano, adiantaram reunião com o gerente geral da instituição financeira, Márcio Corrêa, e seus técnicos - na última quinta-feira (17), no propósito de buscar soluções para o problema do superendividamento que atinge mais de 62 mil agentes públicos.

 “O Banco Brasil é o que detém a folha de pagamento do servidor público e é um dos principais parceiros deles, em que faz os empréstimos consignados, quando o servidor chega no teto da margem, podendo fazer novas relações comerciais, como antecipação do décimo terceiro, férias, entre outros serviços. Fiz o convite no plenário à instituição financeira e eles, prontamente, entraram em contato e sugeriram um encontro técnico e o Valter Albano, que preside da Mesa Técnica dos Consignados no TCE, agendou essa reunião”, conta o deputado.

O gerente geral do Banco do Brasil expôs que é preocupante à situação dos servidores públicos, principalmente as altas taxas de juros. “Estamos empenhados em resolver. Pelo conhecimento que temos, o problema é o cartão consignado. Nos colocamos à disposição para fazer parte da construção de uma solução, nós temos condições de contribuir bastante com essa situação. Talvez, pudéssemos criar uma margem extraordinária, somente para renegociação, não aumentando o endividamento do servidor. São vários pontos que precisamos trazer e ver se é possível. O Banco do Brasil está à disposição para trabalhar nesta situação e precisamos fazer a várias mãos, pois sozinho e isoladamente não vamos conseguir avançar”, frisou Márcio.

Ele adiantou que o Banco Central ainda não permite a compra de cartão consignado, neste momento, para fazer a portabilidade para uma operação de consignado tradicional, onde pudesse fazer o parcelamento de 10 e até 120 vezes, em uma parcela que coubesse no bolso do servidor público. “Isso daria condições para fazer um planejamento. Nós temos algumas limitações que nos impedem como instituição financeira de avançar. Porém, já que o Banco Central não permite que faça portabilidade, o Estado teria de alguma forma conseguir uma maneira de garantir que servidor pegasse o consignado no banco. São vários pontos que precisamos trazer e ver se é possível. A margem consignada, por exemplo, vai precisar de uma apreciação do legislativo, são vários pontos que o Estado limita”, pontua.

Valter Albano considerou a reunião extremamente produtiva, sendo que terão outros encontros técnicos, para que assim, seja deliberado uma solução oportuna e com boas notícias aos servidores públicos. “O nosso presidente do TCE, Sérgio Ricardo, está bem empenhado nesta situação. A grande questão é como resolver de forma satisfatória o superendividamento. Essa oportunidade de trazer o Banco do Brasil foi a luz. É extremamente importante o envolvimento do Banco do Brasil. O endividamento é algo assustador. Estamos trabalhando da melhor forma para encontrarmos uma solução e a Assembleia Legislativa já tem uns marcos legislativos importantes para avançarmos. E o Banco do Brasil está preocupado com essa situação, nos alegra muito. Vamos construir juntos. No geral sinto muita segurança nesta relação”, posicionou o conselheiro.

Atualmente, são cerca de 104 mil servidores públicos em Mato Grosso – sendo que aproximadamente 62 mil – entre ativos, inativos e pensionistas – possuem relação com empresas consignatárias. Para a realização de empréstimos há uma margem de até 35%, cartões de crédito em 15% e o cartão consignado de benefício até 10% - sendo que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) aponta que 42,5% dos servidores excedem aos limites normativos impostos.

Wilson Santos integra, por meio da Assembleia Legislativa, a mesa técnica do TCE que foi criada para apurar a legalidade e a regularidade das operações financeiras realizadas pelas consignatárias com servidores públicos de Mato Grosso.





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Comentários (12)

  • Cavalo doido

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 22h04
  • Sem contar que as taxa de juros para alguns órgãos aí é diferenciada. Vai vendo e só puxar a capivara pra ver.
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  • ELÍERSON METELLO DE SIQUEIRA

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 20h32
  • Poderia o BANCO DO BRASIL fazer um promoção para a quitação dos consignados com abatimentos dos juros e correção monetária num prazo de 120 dias de forma parcelado. Muitos pegaram 30mil e irão pagar quase 90mil. Faça uma promoção para quitação sem juros e correção monetária, com a quitação até vezes sem juros.
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  • Oliveira

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 16h33
  • o principal responsável pelo endividamento é o próprio cidadão, porém o banco do brasil não está nem ai para a lei,ele disponibiliza o empréstimo usando toda a margem do servidor, ai vem a armadilha, eles disponibilizam o CDC,com taxas abusivas e o servidor pega para poder quitar outras dívidas e ai vem o refinanciamento em cima de refinanciamento com juros sobre juros ,ai se vc não arrumar outro emprego vc está ferrado porque o banco não está nem ai,quando está chegando o pagamento eles já aprovisionam tudo e sua subsistência vai para o espaço,falo com conhecimento de causa, o tribunal de contas tem que ver isso, porque o banco além da margem, disponibiliza esses empréstimo cdc para acabar de vez com renda do servidor, olha e ainda não falei sobre o cartão de crédito e as antecipação de décimo e imposto de renda.
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  • FERREIRA

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 16h08
  • Banco do Brasil é o pior banco do Estado..Juros abusivos e trata o servidor público como idiota....Se pegar um empréstimo do BB e o Sicredi por exemplo a diferença é gritante...Banco do Brasil é a pior instituição do Estado.
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  • Douglas

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 13h56
  • Fazer outro empréstimo esse banco está louco ? Essa porcaria de 120 vezes que afundou o servidor 'soma o juros em 120 vezes para ver se não é um absurdo vc pega 5 , 10, 15 ,mil e paga em 120 vezes nunca mais vc consegue quitar, daí eles vão fica refinanciando igual está agora e vc nunca consegue quitar.
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  • Servidor

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 13h49
  • O problema não são os bancos, são servidores compulsivos que não sabem lidar com finanças e aceitam tudo que é empréstimo que oferecem. Cerca de metade dos servidores não são superendividados.., O que precisam é de palestras de educação financeira nesse povo... Ou fazer uma norma pra condicionar a concessão de empréstimos a uma capacitação de educação financeira..
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  • Hipócritas!

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 13h46
  • O que quebrou o servidor mesmo foi o maldito CDC do BB, pois diferente do consignado, não se prendem à lei por não depender de margem, aí te convencem com propostas mirabolantes e vendas casadas a adquirir empréstimos cuja parcela pode superar 100% da renda líquida.
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  • Joao Mendes

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 13h37
  • BB amiguinho do servidor......rrsrsrs
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  • Marcos

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 13h23
  • Só quero entender melhor, esses consignados foi um empréstimo forçado ou foi de livre decisão do servidor? Expliquem por favor.
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  • Eleitor atento

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 13h11
  • Usem a mesma técnica do Agro Negócio...congelem a dívida em 20 anos com juros de 1ao mês é viável..o banco capta a custo zero.
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  • Marcio

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 12h43
  • Tá certo que pega dinheiro emprestado quem quer porém, o banco do Brasil tem taxas altíssimas no crédito pessoal. Não é só.o cartão consignado
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  • carlos

    Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 12h35
  • O que quebrou os servidores foi ficar 3 anos sem RGA, tudo aumentando, inflação nas alturas e os salários sem ao menos recomposição. Foi isso que originou o endividamento e quebradeira dos servidores, verdade seja dita.
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