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Pela segunda vez nesta semana, o pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, Lúdio Cabral (PT) se encontra com a presidente Dilma Rousseff (PT). Animado depois da conversa com a petista e outras lideranças dos partidos da base aliada ao governador Silval Barbosa (PMDB) em Brasília, o ex-vereador retorna à capital federal para participar na manhã de hoje (14) da posse do peemedebista Neri Geller no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com Lúdio, não há nenhuma agenda programada com a presidente, no entanto, o presidente do diretório estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, prevê um novo encontro entre eles. Enquanto o clima é de racha entre PT e PMDB na Câmara dos Deputados, para as lideranças mato-grossenses a situação em nada afetou a réplica da aliança nacional no Estado.
Após a rodada de conversas, que também incluiu os presidentes dos diretórios regionais do PR e do Pros, deputados federais Wellington Fagundes e Valtenir Pereira, respectivamente, Lúdio assinalou que o entendimento nacional é para que, em 13 estados, as candidaturas a governador e vice sejam disputadas pelo PT e PMDB. Segundo o petista, Mato Grosso está incluído nesses estados.
Desta forma, para os outros sete partidos que integram a base aliada restariam apenas a possibilidade de indicação de candidatos ao Senado e seus respectivos suplentes para a composição da chapa majoritária.A aliança contemplaria o PR, que deseja ter Fagundes como candidato a senador.
Para conquistar essa chance, os republicanos vêm estreitando as conversas com o grupo de oposição, encabeçado pelo senador Pedro Taques (PDT). No entanto, poderia criar uma saia justa com o PSD, que lançou o vice-governador Chico Daltro como pré-candidato ao comando do Palácio Paiaguás.
Apesar da assertiva, o PMDB ainda não indicou os nomes para a disputa majoritária. A expectativa era quanto à possibilidade do governador Silval Barbosa (PMDB) deixar o cargo para concorrer ao Senado.
Sua permanência até o fim do mandato deve ser anunciada oficialmente hoje, mas Bezerra ainda prefere fazer mistério sobre as indicações do partido para a majoritária, tendo em vista que seu próprio nome chegou a ser cogitado para concorrer à senatória.
Já no PT, o otimismo de Lúdio não deve ser suficiente para garantir sua candidatura. O partido quer a majoritária, mas dá preferência ao juiz federal Julier Sebastião da Silva, que ainda não se filiou ao partido e dá sinais de distanciamento dos petistas.