Política Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 01h:00 | Atualizado:

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HORA DA VERDADE

Braço direito de Silval Barbosa depõe nesta sexta-feira (16) na “CPI do Paletó”

Sílvio César Corrêa gravou entrega de maços de dinheiro para o então deputado estadual Emanuel Pinheiro

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), Sílvio César Corrêa, deve depor nesta sexta-feira (16) na chamada “CPI do Paletó”, instaurada pelos vereadores de Cuiabá para investigar em que contexto o então deputado estadua, e atual prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), foi gravado recebendo maços de dinheiro do próprio Sílvio em seu gabinete. Um dos assuntos que devem ser abordados pelos vereadores foi o polêmico episódio em que Silvio Corrêa teve um diálogo gravado, sem o seu conhecimento, pelo ex-secretário de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Sicme-MT), Alan Zanatta.

Os dois conversavam sobre o vídeo protagonizado por Emanuel Pinheiro – que inclusive foi ao ar numa reportagem do Fantástico de agosto de 2017. Acompanhando o vídeo é possível perceber que Zanatta, reiteradamente, tenta “diminuir” a participação do prefeito de Cuiabá no episódio.

O prefeito Emanuel Pinheiro contratou uma empresa para realizar a transcrição do áudio. O documento preliminar, não oficial, atestava que Silvio Corrêa, que realizou um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), teria dito na conversa com Zanatta que só disse “o que quis” para a PGR, o que poderia enfraquecer seu depoimento ao órgão, que relatava que o dinheiro recebido por Pinheiro era fruto de uma propina paga por Silval Barbosa, enquanto governador, para obter apoio do Poder Legislativo. Porém, após uma transcrição oficial da Polícia Federal (PF), constatou-se que Silvio Corrêa afirmou, na verdade, “que só disse o que fiz”.

Além disso, o relatório da PF faz duras críticas a uma reportagem que foi publicada na época – que obteve destaque tanto na imprensa nacional quanto local -, e que narrava que o ex-Chefe de Gabinete de Silval Barbosa admitia que o vídeo tratava-se de um pagamento por uma pesquisa realizada pela empresa do irmão do prefeito, Marco Polo Pinheiro, o “Popó”. Porém, de acordo com a Polícia Federal, a transcrição do áudio não faz menção alguma ao suposto pagamento pela pesquisa, dizendo ainda que Alan Zanatta tentou “defender” Emanuel Pinheiro. “Em resumo, o que se compreende dos textos em que há referência a Emanuel é que Alan Zanata tenta por algumas vezes defender Emanuel Pinheiro e Silvio Correa tenta se justificar dizendo que o prefeito de Cuiabá não teria sido escolhido especificamente, teria sido só mais um dentre aqueles que estavam ali, na ocasião gravada em vídeo, para receber o dinheiro”, disse a Polícia Federal.

O CASO

A Comissão investiga em que contexto o prefeito Emanuel Pinheiro – na ocasião, ainda deputado estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) -, foi gravado por uma câmera oculta instalada por Sílvio César Corrêa, ex-Chefe de Gabinete de Silval Barbosa, em sua própria sala. Pinheiro recebeu maços em dinheiro vivo das mãos de Corrêa e colocou em seu terno. O episódio foi utilizado como “inspiração” para chamar as investigações na Câmara de “CPI do Paletó”. Os vídeos foram veiculados numa matéria do Fantástico de agosto de 2017.

De acordo com o depoimento de colaboração premiada de Silval Barbosa realizado junto a Procuradoria-Geral da República (PGR), os pagamentos eram uma espécie de “mensalinho” pagos aos deputados estaduais durante sua gestão (2010-2014) para obtenção de apoio do Poder Legislativo.

Além de Silvio Corrêa, Alan Zanatta deve depor a CPI no próximo dia 21 de fevereiro. Dois dias depois será a vez do ex-governador Silval Barbosa, que deve comparecer à comissão para depor no dia 23.

 





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