Casal de MT nega ter participado ataques terroristas: "coincidência"

 

Casal de Sinop (480 km de Cuiabá), o agrônomo Juliano Antoniolli e a médica ginecologista, Luane Grotta, identificados em atos golpistas em Brasília, negaram que tenham participado da depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) protagonizados por eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (8). Por meio de um advogado, eles disseram que após retornarem dos Estados Unidos, ficaram apenas uma hora na Capital Federal.

Segundo eles, as imagens são apenas "coincidências", pois estavam com uma viagem agendada aos Estados Unidos e que lá tiraram fotos com Jair Bolsonaro. Em seguida, ao retornarem ao Brasil, passando por Brasília, onde estiveram nas adjacências do Congresso Nacional por "apenas um hora em manifestação pacífica".

“O casal Juliano Antoniolli e Luane Grotta, vêm esclarecer por meio da presente NOTA DE ESCLARECIMENTO que são simpatizantes do Ex-Presidente Jair Bolsonaro, contudo, não participaram de nenhum ato de incentivo ou mesmo de depredação do patrimônio público em Brasília no dia 08/01/2023, não tendo acessado o interior de qualquer dos prédios”, declararam, acrescentando que quando viram atos de depredação foram embora.

Em imagens divulgadas pela própria médica é possível ver ela e o marido subindo a rampa do Congresso Nacional durante a invasão registrada no domingo. "O povo subiu a rampa!!", escreveu ela em um dos vídeos. Em outro momento, ela fala sobre a presença dos policiais militares nas proximidades. "Ai gente, para quem está perguntando o que a Polícia está fazendo, a Polícia está ali, olha. E tudo indica, do nosso lado", comenta a médica em tom de "vitória".

Ainda na nota, o casal revela que está sendo alvo de ameaças e que já registrou um boletim de ocorrência. “Por fim, entendem que foram uma série de coincidências e que defendem o direito de manifestação, contudo, desde que sejam de forma pacífica”, concluem.

Em contato com a reportagem do FOLHAMAX, o advogado alegou que o agrônomo e a medica não autorizaram a divulgação da imagem deles e pediu que fossem retiradas do ar. Contudo, tratam-se de imagens públicas que eles próprios divulgaram nas redes sociais enquanto participavam dos atos antidemocráticos. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, já determinou que operadoras de telefonia celular mantenham em suas bases de dados todas as informações que vão ajudar na identificação dos participantes dos atos golpistas que resultaram na depredação de prédios públicos. Inclusive, as próprias imagens publicadas pelos participantes serão utilizadas nas investigações.

Embora o jurista que disse representar o casal tenha dito que eles registram um boletim de ocorrência, ele não encaminhou tal documento à reportagem do FOLHAMAX. Ele também não explicou o que o casal fazia no meio dos manifestantes golpistas que promoveram o quebra-quebra nos prédios dos três poderes. 

ATAQUES EM BRASÍLIA – No domingo, a Capital Federal foi alvo de ataques de bolsonaristas extremistas que vandalizaram as sedes do Congresso Nacional (Senado e Câmara dos Deputados) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles depredaram as sedes dos Três Poderes danificando obras de artes além, quebrarem vidraças e travar um embate contra a Polícia Militar do Distrito Federal, que não foi capaz de conter os baderneiros. 

Como resposta ao vandalismo, ainda na tarde de domingo o presidente Lula (PT) instaurou uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, ou seja, a pasta sai do comando do governador Ibaneis Rocha (MDB), que foi alertado diversar vezes para a possibilidade de ataques e está sob o comando do executivo federal. Na mesma noite, o governador foi afastado do cargo por 90 dias, pelo ministro Alexandre de Moraes, que também ordenou o demosnte de acampamentos de bolsonaristas em todo o país. 

ESCLARECIMENTO NA ÍNTEGRA:

O casal Juliano Antoniolli e Luane Grotta, vêm esclarecer por meio da presente NOTA DE ESCLARECIMENTO que são simpatizantes do Ex-Presidente Jair Bolsonaro, contudo, não participaram de nenhum ato de incentivo ou mesmo de depredação do patrimônio público em Brasília no dia 08/01/2023, não tendo acessado o interior de qualquer dos prédios.

Esclarecem que havia uma viagem de Férias para os EUA previamente agendada e que lá estando, por coincidência, se localizavam na mesma região em que o Ex-Presidente está.

Por conta disso o encontraram, juntamente com vários outros simpatizantes que aguardam o Ex-Presidente para tirar fotos diariamente. No retorno para o Brasil, em escala na Cidade de Brasília, estiveram nas adjacências do Congresso e lá estando, permaneceram por apenas 01:00 hora em manifestação pacífica.

Quando perceberam que terceiros promoviam atos de depredação, deixaram o local. Informam que após a divulgação das matérias estão sendo vítimas de ameaça e tomaram as medidas necessárias para a devida investigação. Por fim, entendem que foram uma série de coincidências e que defendem o direito de manifestação, contudo, desde que sejam de forma pacífica.

JULIANO E LUANE