A sessão extraordinária administrativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nesta segunda-feira (19), que definiu a lista tríplice para vaga de juiz membro da Justiça Eleitoral e ascendeu ao cargo de desembargadora a juíza Anglizey Solivan de Oliveira foi a última do desembargador Paulo da Cunha, que se aposenta no próximo dia 30 de agosto, um dia antes de completar 75 anos de idade, data limite de atuação no Poder Judiciário. A sessão foi marcada por muita emoção, aplausos e lembranças dos demais membros do colegiado.
Em seu discurso, Paulo da Cunha relembrou quando ingressou ao cargo de desembargador, após o falecimento do desembargador Ataide Monteiro da Silva, em 13 de fevereiro de 2002, em vaga destinada ao Ministério Público (MP-MT) pelo Quinto Constitucional. Ele foi foi homenageado pelos demais colegas e recebeu a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador “José de Mesquita”, a mais alta honraria concedida pelo TJMT em reconhecimento a contribuição efetiva prestada por magistrados e magistradas a serviço da Justiça e da Democracia.
Com a aposentadoria de Paulo da Cunha, agora a vaga será destinada novamente ao Ministério Público, que possui três membros a 'cobiçando'. São eles o promotor corregedor e coordenador do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), Wesley Sanchez Lacerda, a procuradora de Justiça Eunice Helena Rodrigues de Barros, e a promotora Lindinalva Rodrigues.
Eunice Helena, Wesley Sanches e Lindinalva Rodrigues
O trio se inscreveu para disputar em 2023, além do então promotor Marcos Regenold que acabou sendo o escolhido pelo governador Mauro Mendes (UB).
TRAJETÓRIA
Nascido no dia 31 de agosto de 1949, em Mendonça, São Paulo, Paulo da Cunha vem de família humilde e foi o primeiro a concluir curso superior. O desembargador formou-se em Direito em 1974 pelas Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo (FMU) e seguiu, em 1975, para a cidade de Cáceres, no interior de Mato Grosso, para advogar.
Em 1979, prestou concurso para o Ministério Público, sendo empossado no ano de 1980 e nomeado como promotor de Justiça na Comarca de Barra do Bugres. E em 1990 ascendeu ao cargo de procurador de Justiça, por merecimento. No biênio 2009/2011, foi vice-presidente do TJMT e, em 2015/2016 tornou-se presidente da corte estadual. Atualmente era membro da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja-MT).
VAI FAZER FALTA.
Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2024, 19h14