A delegada Alana Cardoso recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para ser dispensada da fase de instrução na ação proveniente da grampolândia pantaneira, processo que tramita na 11ª Vara Criminal de Cuiabá.
O pedido em habeas corpus foi distribuído a Terceira Câmara Criminal, recebendo relatoria do desembargador Luiz Ferreira da Silva. Pedido liminar ainda será examinado nos próximos dias.
Alana foi interrogada na tarde de segunda-feira (27). Seu advogado, Luíz Alberto Derze, pediu dispensa da testemunha alegando que a mesma foi ouvida em processo sigiloso que trata do mesmo assunto no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O juízo, porém, negou a dispensa.
Caso o Tribunal de Justiça acate pedido, o material produzido durante a audiência de segunda-feira será descartado. Alana atuou na Operação Fortis, com o suposto intuito de apurar ameaça ao governador Pedro Taques (PSDB). A investigação ocorreu a pedido do então secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Ocorre que há suspeitas sobre a validade da operação e a atuação da delegada.
Segundo especulado por réus e algumas testemunhas, a Operação Fortis foi criada com o verdadeiro propósito de grampear o governador Pedro Taques.A manobra seria uma arma da oposição.
A 11ª Vara segue dando continuidade às audiências no processo militar contra 5 policiais acusados de participação no esquema interceptações que ficou conhecido como grampolândia pantaneira.
No processo são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.