Os delegados da Polícia Judiciária Civil (PJC) de Mato Grosso, que exercem funções comissionadas ou ocupam cargos de confiança, exigem o direito de poder receber um salário acima do teto constitucional, que hoje é de R$ 44 mil. Uma ação ingressada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sindepo/MT), defende que os delegados que exercem funções cumulativas têm o direito de receber acima dos ministros do Supremo (STF), o maior salário do funcionalismo no Brasil.
Além do pagamento, os delegados buscam a restituição de verbas trabalhistas retidas que ultrapassaram o teto constitucional. “A parte autora almeja a ‘declaração judicial reconhecendo o direito dos filiados do sindicato autor a não sofrerem o “abate de teto/teto constitucional’ quando na condição de delegados de polícia se viram obrigados por lei a exercerem a função de cargo comissionado ou função de confiança, de forma cumulativa’, assim como a condenação do ente público requerido ‘a restituir os valores indevidamente retidos pela aplicação do ‘abate de teto/teto constitucional’ de forma cumulada’”, diz trecho da petição.
O pedido está sob análise do juiz da Vara de Ações Coletivas do Tribunal de Justiça (TJMT), Bruno D’Oliveira Marques. Em despacho publicado nesta segunda-feira (12), ele deu 15 dias para o Sindepo regularizar sua representação nos autos, tendo em vista que a agremiação não apresentou o seu registro sindical.
“O documento necessário à comprovação de sua existência jurídica e, consequentemente, de sua atribuição para representatividade da categoria filiada, não se encontra acostado aos autos”, observou o juiz. Caso o Sindepo não junte seu registro sindical, Bruno D’Oliveira Marques já adiantou que irá extinguir o processo.
A consulta ao Portal Transparência do Governo de Mato Grosso, referente à julho de 2024, mostra que boa parte dos delegados da PJC já possuem salário bruto acima do teto constitucional - ocupando ou não cargos de confiança. Em dois casos específicos, um delegado, que também possui função comissionada (DGA6), tem salário bruto de R$ 64,2 mil, recebendo R$ 47,1 mil líquido.
No outro, um delegado da PJC, que apresenta situação funcional como “nomeado efetivo”, recebeu R$ 68,5 mil no total, e após os descontos ficou com R$ 47,6 mil.
Zoio
Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 14h50Maju
Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 14h46Carlos
Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 12h00Rafael
Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 09h40Cidadao
Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 09h14Cuiabano
Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 09h08