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PECULATO

Áudios em celular apreendido mostram Bolsonaro irritado com acusação

 

METRÓPOLES

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Mensagens e áudios encontradas pela Polícia Federal em um celular apreendido com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) mostram o político incomodado por conta das acusações de peculato, crime de apropriação ou desvio de recursos públicos no caso das joias sauditas. O conteúdo foi analisado após a PF apreender um aparelho telefônico de Bolsonaro em 2023.

As gravações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (28/7) e o conteúdo foi confirmado pelo Metrópoles com fontes da PF. Em um dos áudios, compartilhados em abril de 2023, Bolsonaro classifica como “piada” as tentativas de incriminá-lo por peculato: “Indícios de desvio de recurso público. Que que é isso? Onde é que inventou isso pô? Indícios pra me incriminar com peculato? É uma piada realmente”.

A conversa foi com o ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten. Em fevereiro deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) indicou que os bens e presentes recebidos em cerimônias oficiais por presidentes e vice-presidentes da República não se enquadram, sem que haja exigência legal expressa, como bens da União.

Em outras mensagens, o Bolsonaro também reclama do rótulo de “extrema-direita” usado por veículos de imprensa para se referir a políticos que iriam se reunir com o ex-presidente. “Os caras vão manter isso o tempo todo né, que é só extrema-direita. Falou comigo, é extrema-direita. O Trump também deve ser extrema-direita”.

Além disso, as mensagens mostram Bolsonaro articulando questões dentro do partido e aconselhando outros apoiadores. Um dos áudios mostra Bolsonaro buscando resolver um atrito da sigla no Nordeste e, em outra gravação, ele reforça apoio à atuação de Gilson Machado (PL), que acabou perdendo as eleições para prefeito de Recife (PE) em 2024.

Em outro diálogo, Bolsonaro orienta o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) a assinar um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que mirava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Eu assinaria”, disse Bolsonaro após pedido do parlamentar por orientação. E Lopes realmente assinou o pedido.

O material encontrado no celular de Bolsonaro foi juntado pela PF ao inquérito que investiga supostas milícias digitais.

O Metrópoles tenta contato com a defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro para buscar algum posicionamento. Não houve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto e será atualizado com eventuais manifestações.





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