Presidente do diretório estadual do DEM, o deputado federal Júlio Campos, adiou para este fim de semana a reunião com a executiva da sigla para decidir o posicionamento acerca da nota de repúdio editada pelo PSB de Mato Grosso que tecia duras críticas ao parlamentar. No entanto, ele preferiu acalmar os ânimos e decidiu esquecer o episódio. “Se depender da nossa parte, está encerrado”, afirmou o democrata.
Desta forma, ele garante que o DEM permanece caminhando junto ao projeto de pré-candidatura ao Governo do senador Pedro Taques (PDT) sem que haja qualquer desconforto em relação à possível convivência com o PSB na mesma chapa. De acordo com o deputado, é para frente que se anda. “Quem cisca para fora é galinha”, comentou.
Mas ainda não está excluída uma reação do partido. Contudo, nos bastidores políticos, o que se comentou é que a nota de repúdio a Campos teria sido uma estratégia dos socialistas para afastar o DEM da aliança a fim de conseguir emplacar o PR na pretensa chapa. Isso porque o presidente do diretório estadual do PSB, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, foi eleito como interlocutor junto aos republicanos.
Apesar de conseguir a aproximação do PR, o partido pleiteava a vaga para disputar o Senado, enquanto as demais siglas do grupo deram preferência a manter apoio ao projeto de reeleição do senador Jayme Campos (DEM). As declarações de Julio, que motivaram a nota de repúdio do PSB, foram feitas no último dia 9, mas somente cinco dias depois, quando o PR já dava sinais de distanciamento após a reunião realizada com os representantes dos partidos aliados a Taques que indicou preferência ao DEM, é que os socialistas decidiram se manifestar. Desta forma, Julio afirmou que, caso o DEM deixe a roda de discussões, Taques perderá o apoio de cinco partidos, o que não seria positivo para seu projeto.