O promotor Mauro Zaque, responsável pela investigação oriunda da Operação Catarata, afirma que os depoimentos colhidos até o momento têm reforçado a tese de fraude na execução do contrato firmado entre o Governo do Estado e a empresa 20/20, responsável pelos serviços oftalmológicos realizados durante a Caravana da Transformação.
Na manhã desta quarta-feira (05), o promotor colheu o depoimento do secretário de Saúde, Luiz Soares. De acordo com Zaque, a oitiva contribuiu muito com a investigação, tendo em vista que trouxe alguns fatos e esclareceu outros.
“Como nós estamos buscando colher elementos que possa nos indicar se houve fraude realmente, ou se não houve, eu acho que contribui muito”, enfatizou.
Até o momento, o Ministério Público Estadual (MPE) já colheu o depoimento de 10 pessoas, sendo elas servidores do Governo do Estado. As oitivas ainda devem continuar até a próxima semana.
“Ainda não tem um número certo de pessoas que serão ouvidas, porque as vezes aparece algum fato aí temos que chamar outras pessoas. Já foram ouvidas 10 pessoas entre servidores da secretaria”, disse.
Entre os que ainda serão convocados para dar esclarecimentos está o proprietário da 20/20. ” Estamos avaliando se ele vai depor aqui ou se ele vai depor em são Paulo. Mas ele vai ter que depor”, informou.
De acordo com o promotor, a investigação visa apurar se houve fraude na execução do contrato. A suspeita é de que o Estado teria pago procedimentos que não foram realizados.
Questionado acerca do controle dos procedimentos que foram realizados, Zaque afirma que ele era feito de maneira muito precária. “O que nós estamos apurando até o momento é que o controle era muito precário. Mas isso é o que apuramos até o momento, ainda depende de maiores fatos e investigação”, acrescenta.
A Operação Catarata foi deflagrada na última segunda-feira (03) pela Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Na oportunidade, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Secretaria de Saúde e na sede da empresa 20/20 Serviços Médicos S/A, de Ribeirão Preto (SP). Agentes do Ministério Público recolheram milhares de documentos relacionados aos procedimentos cirúrgicos realizados durante a Caravana.
O promotor afirma que está analisado o material colhido nas buscas e apreensões e não descarta a deflagração de uma nova fase. “Tenho que levantar tudo e analisar a documentação que tenho. A princípio, tudo é possível, desde que haja a necessidade”, disse.
Além de autorizar as buscas e apreensões, Vidotti ainda determinou a suspensão do contrato e o pagamento de quaisquer valores à empresa. Também foi decretada a indisponibilidade de bens do secretário do e do proprietário da 20/20.
Gil
Quinta-Feira, 06 de Setembro de 2018, 13h39NAO. ADIANTA. CHORAR
Quinta-Feira, 06 de Setembro de 2018, 11h59CAF?. REQUENTADO
Quinta-Feira, 06 de Setembro de 2018, 11h35Itamar
Quinta-Feira, 06 de Setembro de 2018, 11h31