O deputado estadual Ademir Brunetto (PT) defende uma separação entre os partidos que fazem parte do arco de alianças que dá sustentação ao governo de Silval Barbosa (PMDB) para o pleito deste ano. Na visão do petista, é preciso forçar um segundo turno na disputa pelo Palácio Paiaguás para depois refazer o bloco unificado.
Brunetto, que defende a candidatura de Lúdio Cabral (PT) a governador, acredita que a base teria que lançar mais nomes, como o do vice-governador Chico Daltro (PSD) e o do juiz federal Julier Sebastião da Silva, que deve se filiar ao PMDB.
O parlamentar acredita que, dessa forma, a eleição seria facilitada e o grupo governista conseguiria levar o pleito para um segundo turno contra o candidato da oposição, senador Pedro Taques (PDT). O pedetista tem figurado como líder nas pesquisas.
Bruneto ainda defende que, para o primeiro turno, o PT teria que dar preferência para uma coligação com partidos menores como o Pros e o PCdoB.
“No meu entendimento, é melhor termos mais de duas candidaturas [na base]”, diz.
Já para o segundo turno, o deputado avalia que o melhor seria a união dos partidos, além do apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT.
A ideia de dividir a base, no entanto, sofre resistência entre os nove partidos aliados. A maior parte das legendas aposta que a vitória pode acontecer ainda no primeiro turno.
O PMDB e o próprio PT estão entre os que pregam uma candidatura e palanque único para a reeleição da presidente Dilma, como têm solicitado suas respectivas cúpulas nacionais.
No PT, o próprio Lúdio Cabral, pré-candidato ao governo do Estado, é um dos que defendem que a base continue unida.