As negociações para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALMT) estão a todo vapor e devem ocorrer nas próximas semanas em jantares nas residências dos deputados de acordo com o cacique Júlio Campos (UB). O próximo encontro dos parlamentares deve ocorrer na casa do deputado Diego Guimarães (Republicanos).
Campos também não vê interferências do Palácio Paiaguás no interesse do deputado Alberto Machado, o Beto Dois a Um (UB), querer entrar na disputa. Para o ex-governador, as reuniões fora do Parlamento Estadual são normais e o causam nostalgia considerando que ele já foi membro do Tribunal de Contas (TCE-MT) e lá, almoços e jantares ocorriam com maior frequência entre os demais conselheiros estaduais. Para o legislador, é natural isso ocorrer entre colegas.
"Nós vamos adotar uma norma de, pelo menos uma vez por semana, a gente conversar fora da Assembleia. No Tribunal de Contas nós, toda semana, almoçamos ou jantamos juntos para conversar. Porque fora daqui você troca mais assuntos, você desabafa alguns problemas que a gente tem. Eu acho que é normal", declarou nesta quarta-feira (03)
Na última terça-feira (02), os parlamentares se reuniram na casa da deputada Janaína Riva (MDB) que quer ocupar a vaga de primeira-secretária na ALMT, no lugar de Max Russi (PSB) que deve ser o próximo presidente no lugar do deputado Eduardo Botelho (UB). No entanto, quem também tem interesse em lidar com o orçamento da Casa é o deputado Alberto Machado, o Beto Dois a Um (UB).
"Toda semana, até a eleição, vai ter uma confraternização para agregar mais o grupo. É um desejo natural do deputado Beto, do deputado Cattani, do deputado Júlio, do deputado Barranco, de ser membro da Mesa Diretora. Eu acredito que não tem nada a ver com o Palácio Paiaguás, não vejo esse sentido", afirmou o cacique.
Atualmente, a Mesa é composta pelo presidente, 1º e 2º vice-presidentes, pelo 1º, 2º, 3º e 4º secretários. Na última semana, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) aprovou parecer favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2023, que altera a composição e propõe criação dos cargos de terceiro vice-presidente e de quinto e sexto secretários.
Para ocupar as vagas, a cada dois anos é realizada uma eleição entre os deputados interessados em participar da disputa. A chapa vencedora é escolhida por meio de voto secreto. O normal é sempre uma chapa única de "consenso" entre os parlamentares, que ocorre desde a 'Era' do ex-presidente José Geraldo Riva.