Em Cuiabá para a apresentação do seminário “Diálogos Governo-Sociedade Civil: Copa 2014”, o ministro chefe do gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, explicou que o objetivo do evento é informar a população sobre os benefícios da Copa do Mundo a fim de conter as manifestações populares, como as que ocorreram em junho do ano passado, durante a realização da Copa das Confederações.
O ministro reconheceu que houve uma falha de comunicação com a população, principalmente quanto as oportunidades que são geradas com um evento da magnitude da Copa do Mundo.
"Criou-se a imagem de que a Copa é uma submissão do Brasil e Fifa. De que a Fifa passou a mandar no país e que a Copa é um antro de corrupção e que tira o dinheiro da Saúde e da Educação”, afirmou o ministro.
Apesar de admitir que o diálogo com os movimentos sociais ocorre num período tardio, já que restam apenas 36 dias para a abertura da Copa do Mundo, Carvalho espera que as manifestações ocorram de forma ordeira e pacífica e que a população entenda que o esforço do Governo Federal em viabilizar a Copa do Mundo seja reconhecido. “A Copa traz uma janela de oportunidades, principalmente no setor do turismo e na melhoria das infraestruturas das cidades-sedes, que ficarão após o evento”, destacou.
“Vim a Cuiabá, com o carinho que tenho por essa cidade para dialogar com os movimentos sociais, não para desmontar as mobilizações, mas para pedir permissão para passar as informações, fazer essa comunicação de que a Copa seja um evento de festa para todos os brasileiros. Que os protestos sejam democrático, com todo tipo de crítica, não tem problema, mas que seja em cima da verdade dos fatos”, declarou.
Ciente de que será impossível evitar as manifestações, Carvalho, que é considerado o braço direito da presidente Dilma Roussef (PT) no Palácio do Planalto, demonstrou a preocupação de que os atos não sejam marcados pela violência, como ocorreu em algumas cidades brasileiras. Ele citou o caso da morte de um cinegrafista da Rede Bandeirantes, no Rio de Janeiro, atingido por um rojão lançado por um manifestante.
“Existe a preocupação de que as manifestações que ocorrerem sejam feitas num clima de paz, da cultura brasileira de paz que cultivamos. Nossa única preocupação é de que não ocorra violência, nem por parte dos manifestantes, nem de policiais”, assinalou.
Cirlene
Sexta-Feira, 09 de Maio de 2014, 19h24polis
Sexta-Feira, 09 de Maio de 2014, 14h43