Líder do governo na Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco, ainda no União, comunicou ao governador Mauro Mendes (União) que está ajudando na construção do Partido da Renovação Democrática (PRD) em Mato Grosso e que precisa da liberação partidária para seguir para a nova legenda, que foi recém-criada da fusão do PTB com o Patriotas.
Mendes e o parlamentar estiveram juntos, na quarta-feira (29), durante a inauguração de obras em Sinop, principal base eleitoral de Dal Bosco, e também em Primavera do Leste. Os dois conversaram durante o voo.
Conforme Dilmar, ele pediu para o governador, que é presidente estadual do União, a liberação da sigla e também comunicou que está ajudando na formação do PRD no Estado. O governador, de imediato, pediu para o parlamentar não deixar o União. Contudo, segundo informações, Mendes não deverá colocar entraves na decisão do deputado migrar para a nova legenda. Dal Bosco segue na liderança do partido. Mesmo que ingresse no PRD, o parlamentar vai permanecer na base do governo na Assembleia.
O deputado sustenta que apenas renunciou à função de secretário-geral do União em Mato Grosso. Ele disse também que nenhuma indicação dele no governo entregou cargos no Poder Executivo. Dal Bosco disse que não conversou com o governador sobre a permanência dele na liderança do governo, cargo que ocupa desde o início a gestão de Mauro Mendes.
Dal Bosco, que pretende continuar na base de sustentação na Assembleia, assim como pretende levar a nova sigla para a aliança governista. O parlamentar, que também é cotado para assumir a presidência do partido no Estado, tem simpatia pela pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, que também vive um impasse no União com o grupo liderado pelo governador. Este não é o primeiro imbróglio de Dal Bosco no União. Tão logo o grupo do governador migrou para o DEM, que deu origem ao União, em uma decisão de cima para baixo, Dilmar foi retirado do comando da sigla para ceder a presidência para Fábio Garcia, hoje secretário-chefe da Casa Civil.