Política Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2014, 00h:42 | Atualizado:

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OPERAÇÃO ARARATH

Eder explicará a Justiça lista de deputados, MPE e NPs milionárias

Audiência de instrução questionará ex-secretário a respeito de documentação apreendida em sua residência

RAFAEL COSTA
Da Redação

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O ex-secretário de Estado, Eder Moraes, vai continuar a prestar depoimento na quinta-feira (14) a partir das 13h30 na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. A audiência de instrução processual conduzida pelo juiz federal Jeferson Schneider vai questioná-lo a respeito da documentação apreendida em sua residência pelos agentes da Polícia Federal no dia 19 de fevereiro durante a quarta fase da Operação Ararath.

O depoimento é aguardado com ansiedade, uma vez que, uma vasta documentação apreendida envolve pagamentos a políticos, empresários, magistrados e membros do Ministério Público Estadual (MPE). Conforme inquérito da Polícia Federal que apura crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, foram apreendidas 72 notas promissórias na casa de Eder Moraes que totalizam o montante de R$ 247,756 milhões. Somente uma das notas estava avaliada em R$ 49,763 milhões. 

Embora não esteja assinada, uma das notas promissórias apreendidas, avaliada em R$ 29,359 milhões, continha o nome do governador  Silval Barbosa (PMDB). Havia ainda outra nota promissória de R$ 40,668 milhões com vencimento datado de 9 de outubro de 2008 e anotações referentes a um pagamento que seria realizado em 3 parcelas com vencimento no dia 10 dos mês anterior ao prazo de seu vencimento. 

Por conta de cifras milionárias das notas promissórias, a PF acredita que Eder Moraes é o chefe do esquema de lavagem de dinheiro que imperou em Mato Grosso nos últimos anos, revelado em delação premiada aceita pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, proprietário da rede de combustíveis Amazônia Petróleo.

Isso porque cabia a Eder Moraes a função de resgatar valores operados que contava com o apoio de outras pessoas para garantir a movimentação financeira. “Em razão da quantidade e valores envolvidos, Eder Moraes não estaria agindo sozinho, sendo plausível que, de fato, estaria agindo em nome de Blairo Maggi e Silval Barbosa”, diz trecho do inquérito da PF.

LISTA DE DEPUTADOS

Eder Moraes também será questionado na Justiça Federal a respeito de uma lista apreendida em sua residência que revela indícios de pagamento de propina a parlamentares. 

Aparecem na relação os deputados estaduais Guilherme Maluf (PSDB) com R$ 1,587 milhão e Adalto de Freitas (SDD) com dois valores - R$ 900 mil e R$ 600 mil. Ainda aparecem os ex-deputados Dilceu Dalbosco (DEM) com R$ 1,6 milhão e Gilmar Fabris (PSD) com R$ 2 milhões, além do senador Blairo Maggi (PR) com R$ 12 milhões, além do deputado federal Homero Pereira (PSD), já falecido, sem valores. O atual prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), também aparece numa menção de “abastecimento do sistema”. Logo em seguida, é citado o valor de R$ 1,5 milhão.

CARTAS DO MPE

Outro documento polêmico apreendido na casa de Eder Moraes foi uma lista com relação de pagamentos a promotores e procuradores de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE). 

A relação é referente a valores de carta de crédito para compensação de direitos trabalhistas. O Procurador Geral de Justiça, Paulo Prado, atesta a total legalidade dos procedimentos. Porém, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) já instaurou procedimento para verificar a legalidade dos pagamentos.

Eder Moraes ainda é considerado um dos articuladores para compra de uma vaga de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e até mesmo de levantar dinheiro para compra de sentença judicial.





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