Política Domingo, 02 de Dezembro de 2018, 12h:11 | Atualizado:

Domingo, 02 de Dezembro de 2018, 12h:11 | Atualizado:

BANDEIRA

Eleito prioriza defesa dos servidores na AL-MT

 

JANAIARA SOARES
A Gazeta

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Eleito em outubro com 11.374 votos para ser o representante do servidor público na Assembleia Legislativa, o deputado de primeiro mandato João Batista (Pros) afirma que não vai deixar o próximo governo atuar contra os interesses da categoria. Em sua lista de objetivos já traçados estão a defesa da taxação do agronegócio e da redução do duodécimo do Parlamento, assim como uma alteração no Regimento Interno da Casa que possibilite uma maior rotatividade de deputados no cargo de presidente. Confira a íntegra da conversa que ele teve com a reportagem de A Gazeta.  

 

Porque decidiu concorrer ao cargo de deputado estadual?

Essa luta sindical que estamos travando nos últimos anos acabou nos qualificando para esse trabalho. Vimos que existe uma vontade da população de mudança, de passar a limpo a classe política brasileira. Nossa candidatura foi vista como uma nova alternativa. Essa luta que tivemos com o governo para manutenção do serviço público nos mostrou que, ou nós ganhávamos força política no Estado, ou estávamos fadados a ficar vários anos sendo criminalizados. Então, me senti preparado para concorrer.  

 

O senhor deve apresentar e defender quais propostas na Assembleia? 

Não vamos focar só no funcionalismo público, vamos também focar na qualidade da prestação de serviço público para a população. Isso inclui a valorização dos profissionais que atuam nessas áreas. Meu objetivo é conhecer o funcionamento da máquina do Estado para, quando for fazer o debate, que ele seja qualificado. Além disso, quero me aprofundar no conhecimento da segurança pública, porque essa é uma área da qual sou originário.  

 

Como avalia a renovação na Assembleia Legislativa, que terá 14 novos deputados? 

É uma onda que não foi específica de Mato Grosso, todo o Brasil passou por isso. Defino a minha eleição como uma vontade que a população expressou nas urnas de passar a classe política a limpo. Nos últimos anos foram sendo desvendados escândalos aqui no Estado e a população resolveu renovar o que estava aí. Muitos parlamentares tinham a preocupação maior de fazer negócio do que fazer política. O prejuízo, a sociedade já teve. A tendência é que os novatos que estejam focados no bem-estar da população, façam muito mais do que aqueles que estão lá há mais de 20 anos.  

 

O senhor falou de escândalos e a Assembleia possui uma imagem bem negativa perante a sociedade, justamente, por casos de corrupção. O que o senhor pretende fazer para ajudar a mudar isso?

Pretendo fazer a minha parte contribuindo com projetos, fiscalização e outras coisas. Quero votar o que for de interesse da sociedade, analisando o que é melhor. Não estou indo para fazer negócios.  

 

Mato Grosso passa por uma crise econômica e se fala muito em cortar gastos. O senhor acredita que o duodécimo da Assembleia deve ser reduzido? 

Se levar em consideração que o Estado tem uma dívida enorme com a Assembleia Legislativa e os outros poderes e, mesmo assim, essas instituições estão trabalhando sem nenhuma dificuldade financeira, isso só indica que elas têm um orçamento maior do que precisam. Se estamos passando por uma dificuldade financeira e quem presta o maior serviço para a sociedade é o Executivo, então, acredito que tem, sim, como dar uma enxugada nos duodécimos.  

 

O senhor já tem em mente uma proposta específica para apresentar já no primeiro ano de mandato? 

Uma das ideias que tenho é de uma mudança no Regimento Interno da Casa. Alguns deputados não concordam, mas eu acho que essa eleição da Mesa Diretora pode ser feita anualmente, para se ter uma renovação periódica. Tem Estado que o mandato [de presidente] é de um ano e funciona muito bem. Seria interessante dar oportunidade de mais pessoas participarem da Mesa.  

 

Qual será sua postura em relação ao governo Mauro Mendes? Existe alguma orientação do seu partido nesse sentido? 

Não tenho orientação do partido. Fomos oposição ao Mauro Mendes na campanha, mas, a partir do momento que encerrou as eleições, se inicia o processo de administração do Estado. Sabemos que a função do parlamentar, além de legislar, é fiscalizar e representar a sociedade, o que está inteiramente ligado ao trabalho do Executivo. Já conversei com o Mauro e, se forem apresentados projetos de interesse da sociedade, eu estou disposto a trabalhar e defender a bandeira. Mas não vou atuar nos processos que vierem contrários aos direitos do trabalhador do serviço público.  

 

O que o senhor acha da taxação do agronegócio? 

Sou favorável. Primeiramente, é importante estudar, pegar todos os detalhes do projeto e avaliar bem, levantar os dados de outros estados que já adotaram esse sistema e ver os dados financeiros do nosso Estado. É público que há muita falcatrua para sonegar impostos, então, há a necessidade de não só de taxar, mas de fortalecer a fiscalização em cima desses que sonegam e penalizam os que pagam seus impostos de forma correta.





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Comentários (3)

  • John

    Segunda-Feira, 03 de Dezembro de 2018, 10h28
  • EU PARTICULARMENTE NAO ACREDITO QUE EXISTE PAPAI NOEL E PRINCIPALMENTE VINDO DESSE SENHOR
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  • ana

    Domingo, 02 de Dezembro de 2018, 17h16
  • VERGONHA!!!! deveria legislar pelos moradores de MT e não por grupos
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  • Elcionei Henrique de Olivwiea

    Domingo, 02 de Dezembro de 2018, 13h16
  • Esse discurso está sendo muito usado por pessoas que já sabem que dentro da velha P O L Í T I C A tudo funciona na base do toma lá dá cá, comparando como um grande balcão de negócios. Muito barulho antes do carnaval. Mas vamos aguardar pra ver o que sobra. Boas festas a todos e que 2019 seja bem vindo.
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