O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), comentou sobre a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que afastou os desembagadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), na última semana. Para ele, a situação não mancha a instituição que é maior do que isso em sua avaliação.
O gestor ainda se compadeceu com os magistrados e disse que espera que a investigação seja conduzida com imparcialidade e eles não sejam alvos de injustiças. Pinheiro lembrou que o desembargador João Ferreira Filho chegou a votar favorável à intervenção na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá em março de 2023, mas não guardou mágoa do magistrado.
"Na prorrogação da intervenção, ele votou a favor. Mas isso aí não tem nenhuma relação. Eu não sei os detalhes que motivaram o CNJ a tomar uma decisão tão dura como essa, mas nós temos que aguardar os desdobramentos do caso. No momento, eu não tenho opção de opinar", declarou Pinheiro nesta segunda-feira (5).
A determinação de afastar os desembargadores foi dada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, na úiltima quinta-feira (1°). Eles são suspeitos de vendas de sentenças e recebimento de vantagens financeiras indevidas e até presentes luxuosos para julgarem recursos de acordo com os interesses do advogado Roberto Zampeiri, morto com 10 tiros em dezembro de 2023 no bairro Bosque da Saúde, na Capital.
O prefeito acredita que a decisão do CNH não 'mancha' a imagem do Poder Judiciário de Mato Grosso assim como ações de gestores não maculam a imagem de prefeituras e governos estaduais. "A instituição é eterna. Os ocupantes desses poderes e instituições não são eternos. Eu acho que manchar, não mancha, mas é necessário [apurar]. Um poder, uma instituição, não é menor do que o ocupante transitório, aquele que a representa naquele período", sintetizou Emanuel.
MORTE E VENDA DE SENTENÇAS - Pelo assassinato do jurista, estão presos o pedreiro Antônio Gomes da Silva, de 57 anos, apontado como o pistoleiro, Hedilerson Barbosa, de 53 anos, que é instrutor de tiros e dono da arma usada no homicídio, e ainda o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, de 68 anos, tido como financiador do crime, conforme as investigações da Polícia Civil.
As investigações sobre a morte de Roberto Zampieri resultaram na apreensão de seu celular e se iniciou uma "guerra jurídica" em diferentes instâncias, envolvendo diversos personagens, - desde a viúva do advogado, passando pela defesa dos réus que estão presos por envolvimento no homicídio - até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional) e também o Ministério Público Estadual (MPE).
Todos estão interessados no teor de conversas e documentos que o advogado guardava no aparelho. No desdobramentos das investigações, foram verificados indícios de venda sentenças envolvendo os dois desembargadores, agora alvos de ordem para afastamento do cargo. Apesar disso, Emanuel Pinheiro disse que as investigações devem se feitas com "isenção e imparcialidade" para que não haja injustiças.
"Toda denúncia, ela deve ser apurada com rigor, com isenção e com imparcialidade. Eu já sofri injustiça, e sempre falo isso, e tô na justiça pra provar as injustiças cometidas contra mim. A injustiça é uma das maiores violências que um ser humano pode sofrer", encerrou.
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Segunda-Feira, 05 de Agosto de 2024, 21h47De olho
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