Política Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 10h:45 | Atualizado:

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OPERAÇÃO BERERÉ

Empresário contrata ex-ministro do STJ como advogado e tenta HC no plantão do STF

Novo advogado de Kobori, Gilson Dipp, é considerado como criador de varas especializadas em crimes financeiros

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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O empresário e ex-executivo da EIG Mercados, Valter José Kobori, preso desde o dia 9 de maio após a deflagração da Operação Bônus, trocou sua defesa. Inclusive, a nova banca jurídica do empresário entrou na última terça-feira com um novo pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).

O novo advogado de Kobori é o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Langaro Dipp. O habeas corpus foi distribuído por prevenção para a ministra Rosa Weber, responsável pela "Operação Bônus Bereré" no STF.

Como o STF está em recesso, o pedido foi encaminhado para a presidente, Carmem Lúcia. Ela deve emitir uma decisão até esta sexta-feira.

Kobori foi preso no dia 9 de maio, após a deflagração da Operação Bônus, segunda fase da Operação Bereré, que investiga desvios da ordem de R$ 30 milhões em um contrato mantido pela EIG Mercados com o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). O contrato está atualmente suspenso.

Juntamente com Kobori, foram presos os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, da Santos Treinamentos, o deputado estadual Mauro Savi (DEM), apontado como um dos líderes do esquema, além do advogado Pedro Jorge Zamar Taques e do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, os dois últimos, primos do governador Pedro Taques (PSDB).

Kobori é acusado de ter repassado propina ao advogado e ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, em troca da manutenção do contrato de concessão que repassa para a empresa a execução dos serviços de registro de contratos de financiamentos de veículos em Mato Grosso. Segundo os donos da EIG, colaboradores da Justiça, para dissimular o pagamento, Kobori teria recebido dois bônus anuais com o valor referente ao repasse a Paulo Taques.

O ex-secretário teria recebido R$ 2,6 milhões. O empresário entrou com um pedido de habeas corpus no STF após ter negados pedidos de liminares junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça.

Nesta quinta-feira, inclusive, o mérito do recurso protocolado pela defesa de Kobori será analisado pelo Pleno do TJMT.

O NOVO ADVOGADO DE KOBORI

Gilson Dipp, 71 anos, é conhecido entre magistrados, investigadores e advogados como o criador das varas especializadas em crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, ele tem o respeito e admiração de juízes como Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato e a quem deu posse em Curitiba.

Ao longo da vida profissional, Dipp atuou no STJ, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Presidiu a comissão de reforma do Código de Processo Penal e foi coordenador da Comissão Nacional da Verdade até setembro de 2012.





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Comentários (7)

  • Fl?vio Martins Pereira

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 16h02
  • Juiz aposentado não poderia exercer profissão no país, quer exercer a profissão va para o exterior.
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  • kaka

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 13h00
  • Concordo plenamente com com o comentário do Nascimento, e ainda diria que em um Pais que quer ser serio e um Judiciário isento de qualquer suspensão, jamais Tribunais Superiores deveria ter decisões de qualquer tipo de recurso na forma monocrática, sempre em colegiado para dar lisura em seus julgamento, e mais todo Juiz Desembargador e Ministros aposentados deviam ser impedidos de exercerem a advocacia, assim acabaria com esses mandos de influencias nos recursos desses poderosos.
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  • aroldo

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 12h21
  • ta com dinheiro hein kkkkkkkk
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  • NASCIMENTO

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 11h36
  • Na realidade está contratando influência. Estes digamos "MINISTROS" já recebem uma bolada de aposentadoria, deveriam serem proibidos de exercer a profissão pós aposentadorias. Outra coisa estes cargos exigem conhecimentos, e quanto mais idosos mais capazes deveriam se aposentar com idade mais avançada, afinal ainda tem um longa vida útil.
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  • Juca

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 11h24
  • E vai dinheiro... Fico pasmo de ver como esse povo arruma dinheiro fácil assim, um advogado destes custa uma verdadeira fortuna.
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  • Marcio de Natal

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 11h06
  • Delação a Vista!!! Mato Grosso vai TREMERRRRRR KKKKKK
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  • capati

    Quinta-Feira, 26 de Julho de 2018, 11h01
  • O "Japa" está bem montado no dinheiro: um HC assinado pelo ex-Ministro Gilson Dipp não custa menos de 3 milhões.....
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