Marcos Bergamasco
O auditor José Alves Pereira Filho revelou nesta segunda-feira (10) que auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado constataram um superfaturamento de R$ 280 milhões em contratos firmados entre empresas e o Poder Executivo nas gestões passadas. Segundo ele, só na Secretaria de Estado e de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra) foi certificado cerca de R$ 56 milhões em contratações superfaturadas.
“Na Sinfra são cerca de R$ 56 milhões que foram revisões de contratos de consultorias de gerenciamento que estavam com sobrepreço. São planilha de custos infladas com itens que não serão utilizados”, explicou.
O secretário adianta que até agora 210 empresas foram notificadas por práticas criminosas contra o Estado. Dessas, apenas seis entidades formalizaram acordo leniência com estado, prometendo devolver valores indevidos.
Com isso, Alves esclarece a CGE tem realizado um pente fino na tentativa de “frear” acordos ilícitos. “Em relação a saúde, nós fizemos a mais completa auditória nos hospitais do Estado de Mato Grosso. Nós percorremos sete hospitais e a equipe ficou por um mês em cada hospital desse e nós identificamos situações das mais adversas possíveis. Situações de corrupção, de má gestão e situações indevidas em relação ao contrato”, complementou.
O secretário explica ainda que diversos contratos antigos viabilizados pela Secretária de Infraestrutura do Estado estão sendo revisados pela pasta. “Logo que o Marcelo Padeiro assumiu a secretaria, ele demandou isso pra gente e nós fizemos uma revisão de muitos contratos e com esse contrato a gente conseguiu essa economia. Outra medida mas recente do Marcelo Padeiro para CGE foi encaminhar todos os contratos de pedidos antigos de pagamento. Então todos esses contratos estão sendo revisados antes de qualquer pagamento”, explicou.
Contudo, apesar da irregularidades, Alves alega que os empreendimentos poderão continuar prestando serviço ao Executivo, desde que reembolse os prejuízos. “Ela precisa mostrar que vai mudar todas suas condutas e ideia realmente não é expulsar todas as empresas do mercado, ela precisa deixar claro que vai abandonar a prática criminosa e ressarcir o prejuízo”, finaliza.
jose a silva
Sábado, 15 de Fevereiro de 2020, 09h04Santiago
Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2020, 22h02