Política Quarta-Feira, 14 de Maio de 2014, 15h:21 | Atualizado:

Quarta-Feira, 14 de Maio de 2014, 15h:21 | Atualizado:

FISCALIZAÇÃO?

Estado gasta R$ 70 milhões com supervisão de obras da Copa

 

G1

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Apesar dos atrasos na entrega de praticamente todas as obras da Copa do Mundo e das falhas apresentadas logo após a inauguração de algumas delas, empresas privadas de construção e engenharia receberam cerca de R$ 70 milhões para fiscalizar e acompanhar o andamento dos projetos de infraestrutura relacionados ao mundial, em Cuiabá. Os contratos e termos aditivos foram firmados pelo governo entre maio de 2012 e janeiro do ano passado.

Segundo o secretário extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, a contratação dessas empresas se tornou uma exigências dos órgãos de controle para auxiliar o poder público no acompanhamento das obras. "Há algumas interferências nas obras que não estão sob a gestão do poder público e essas empresas fazem esse trabalho", afirmou.

Sobre as obras atrasadas, embora haja fiscalização terceirizada, Guimarães alega que as empresas não têm essa função. "Elas fizeram e estão fazendo o papel delas. Elas não têm a missão de fazer a obra andar, mas têm a missão de ajudar nesse trabalho de gerenciamento", pontuou o secretário. Para ele, os atrasos não merecem destaque, pois a população lamentaria mais se não houvesse obras do que pelas obras atrasadas. "O lamento de ter uma outra obra atrasada é menor do que o lamento de não ter nada. Por isso, fico tranquilo".

O valor mais alto está sendo pago a um consórcio de empresas para o gerenciamento das obras necessárias à instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), meio de transporte público escolhido para atender a demanda da Copa, mas que só deve ficar pronto no início de 2015. Pelo trabalho de supervisão, desde a parte da obtenção de licenças ambientais até a implantação dos trilhos do VLT, o consórcio irá receber, até a conclusão do projeto, R$ 46,9 milhões. Já o valor total para a implantação do VLT é de R$ 1,4 bilhão.

O contrato prevê que a empresa se responsabilizará administrativamente por eventuais falhas ou erros no projeto que possam acarretar prejuízos à Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa). Cabe aos engenheiros monitorar todas as 12 obras que fazem parte do projeto de instalação do VLT. Ao todo, são quatro viadutos, quatro trincheiras e três pontes. Dessas 12 obras, somente três foram 100% concluídas, sendo o viaduto da Sefaz, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), e duas pontes sobre o Rio Coxipó. Outras três foram entregues sem que estivessem completamente prontas.

Após dois termos aditivos ao contrato, a primeira empresa contratada para o serviço de supervisão recebeu mais de R$ 10 milhões para acompanhar a pavimentação e obras de arte especial de travessia e mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital. O segundo termo aditivo venceu em novembro do ano passado. Já outra empresa contratada para o mesmo serviço, porém, na fiscalização de outras obras recebeu mais de R$ 15 milhões para o trabalho.

Falhas

Pelo menos três obras da Copa apresentaram defeito após a inauguração ou antes mesmo da entrega. A primeira delas foi a de construção do viaduto da Sefaz, em outubro do ano passado. Antes mesmo da conclusão e do tráfego de veículos, o asfalto do viaduto apresentou desgaste. Por causa disso, foi coberto com uma lona antes de uma visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, à capital.

Dias após ser concluído, o asfalto da Avenida Ciríaco Cândia apresentou rachaduras. O trecho pavimentado faz parte da obra de construção da trincheira. Recentemente, três dias após ser inaugurado o viaduto do Tijucal também teve de passar por reparos.





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Comentários (1)

  • OLIVEIRA CUIABANO

    Quinta-Feira, 15 de Maio de 2014, 07h54
  • AS EMPRESAS QUE FISCALIZAM OS VIADUTOS E TRINCHEIRA SÃO A EXIMIA DE CUIABÁ E MAIA MELO DE RECIFE - PE, A MAIORIA DOS PROJETOS FORAM ELABORADOS PELA EXIMA, ESTRATA E DEMAIS PROJETO PEQUENO POR OUTRAS EMPRESAS.
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