O ex-diretor da Cooperlucas (Cooperativa de Crédito de Lucas do Rio Verde), Pedro Pereira, dará uma coletiva de imprensa às 10h no Hotel Veneza em Cuiabá, localizado na Avenida Coronel Escolástico, bairro Bandeirantes, para apresentar uma documentação que comprovaria a participação do prefeito de Lucas do Rio Verde e atual coordenador da campanha do senador Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado, Otaviano Pivetta (PDT), no escândalo de uma fraude milionária superior a R$ 200 milhões, e que envolve vários crimes contra o sistema financeiro, extravio de grãos, fraude e má administrativa da entidade.
O empresário Pedro Pereira de Souza conseguiu vencer, em 2005, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma causa superior a R$ 20 mihões em valores atualizados. Por maioria de votos, os ministros da Turma do Superior Tribunal de Justiça, seguindo voto do relator ministro Luis Felipe Salomão, negaram provimento ao Recurso Especial 1167382, movido pelas autoridades do Banco do Brasil que tentava, na qualidade de terceiro interessado, reverter a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que deu ganho de causa a Pedro Pereira em uma das numerosas ações judiciais movidas contra a COOPERLUCAS – Cooperativa Agrícola de Lucas do Rio Verde.
O Banco do Brasil recorreu ao STJ, pleiteando a reforma dessa decisão para se apropriar de parte do dinheiro disputado entre as partes e que estavam depositados na conta da Cooperlucas, em uma das suas agências na cidade de Lucas do Rio Verde, no norte de Mato Grosso.
Pivetta sempre negou qualquer participação nas irregularidades da Cooperlucas. Afirma ser vítima de campanha difamatória e passou a ser acusado de envolvimento em fraudes simplesmente porque, na condição de prefeito do município, intercedeu junto aos agricultores quando descobriu que Pedro Pereira e Paulo Bezerra, irmão do deputado Carlos Bezerra (PMDB), com pretexto de atuar como consultores e de recuperar a saúde financeira da cooperativa, passou a usar a Cooperlucas com interesses escusos.
Na classe política, se comenta ainda que Taques, enquanto procurador da República, teria intermediado para beneficiar Pivetta retardando o oferecimento de denúncia ao Judiciário, o que levou a prescrição dos crimes, impedindo a condenação. No entanto, Taques nega ter atuado no caso e nega veementemente qualquer ação neste sentido.
Maurilio Trindade
Quinta-Feira, 21 de Agosto de 2014, 10h59eduardo
Quinta-Feira, 21 de Agosto de 2014, 10h53